Novo cenário geopolítico é uma ameaça às obras previstas. Infraestruturas de Portugal (IP) assume estar preocupada.
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impacto da guerra na construção
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A Infraestruturas de Portugal (IP) receia as consequências da guerra na Ucrânia para o setor da construção, nomeadamente em termos de fornecimento e custo dos materiais. A empresa assume estar preocupada, numa altura em que tem um “elevado nível de investimento previsto para o período 2022-2024”.

“O impacto deste novo cenário geopolítico é já evidente em Portugal, com repercussão direta no preço das commodities, em particular do aumento do petróleo, gás e produtos agroalimentares, entre outros”, e que também no setor da construção “poderá ter consequências”, sublinha a empresa pública no relatório e contas de 2021, citado pelo Jornal de Negócios, que avança a notícia.

Além do programa Ferrovia 2020, a IP tem investimentos previstos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do Plano Nacional de Investimentos (PNI) 2030, e poderá ter de enfrentar a subida de preços generalizada nos materiais. O aço e o alumínio, por exemplo, aumentaram 47,5% e 58%, respetivamente, já depois do início da guerra, segundo a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI).

Segundo a IP, a execução financeira prevista para 2022 "é, atualmente, de cerca 380 milhões de euros". Um valor que supera a execução financeira de 2021, de cerca 196 milhões de euros, que por sua vez representou um aumento de 43% face a 2020.

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