Projeto "une" 3 concelhos que sendo vizinhos estão a uma enorme distância se não estiverem bem articulados, disse António Costa.
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Faro, Olhão e Loulé "unidos" por um metro de superfície
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O futuro metro de superfície entre as cidades algarvias de Olhão, Faro e Loulé terá 38 km de extensão e vai beneficiar 185 mil pessoas, cerca de 40% da população do Algarve, segundo um estudo preliminar apresentado esta quarta-feira (1 de março de 2023).

“Este projeto é um projeto verdadeiramente estruturante da articulação entre três concelhos que sendo vizinhos estão na prática a uma enorme distância se não estiverem devidamente articulados, disse o primeiro-ministro, António Costa, em Olhão onde se deslocou para assistir à apresentação incluída no roteiro da iniciativa "Governo Mais Próximo" que se realiza no Algarve.

O metro ligeiro entre Olhão, Faro e Loulé terá 38 km de extensão e 24 paragens, servindo cerca de 185 mil residentes nos três concelhos (40% da população algarvia), dos quais 70 mil de residentes a menos a 600 metros de uma paragem.

Projeto pode custar até 300 milhões de euros

As tabelas preliminares de custos totais do projeto apontam números que podem ir até 300 milhões de euros, tanto a solução apoiada em veículos elétricos, como a apoiada em veículos a hidrogénio.

“Ajudamos, com este financiamento, a potenciar a base económica de toda a região”, disse o primeiro-ministro, acrescentando que o investimento deverá de ser feito ainda durante o período de programação de fundos estruturais que termina em 2030.

A futura linha irá passar por três estações ferroviárias (Parque das Cidades, Bom João e Olhão) e equipamentos e serviços “fundamentais” na região, como o Aeroporto Internacional Gago Coutinho (nove milhões de passageiros, cinco mil trabalhadores) e o polo de Gambelas da Universidade do Algarve (5,3 mil estudantes).

De acordo com o estudo prévio, poderão ser feitas cerca de 40 mil viagens por dia, estando em estudo eventuais extensões da linha a Albufeira e à Fuzeta.

“Sei bem que nem sempre é fácil os concelhos entenderem-se para trabalhar em conjunto, sobretudo num projeto que não serve especificamente qualquer deles mas que só faz total sentido servindo os três em conjunto”, concluiu António Costa

Por seu lado, o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento (CCDR) do Algarve, José Apolinário, sublinhou que a cerimónia de apresentação significava o “pontapé de saída” de um projeto em que os algarvios têm a “ambição de fazer avançar” um plano “estruturante para a região”.

A CCDR do Algarve é a entidade que desenvolveu o estudo sobre metro ligeiro no eixo Loulé, Faro e Olhão, onde foram avaliadas cinco possibilidades de variantes de traçado, assim como diferentes opções tecnológicas.

*Com Lusa

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