novas regras dos alvarás criticadas pelas construtoras

o presidente da confederação portuguesa da construção e do imobiliário (cpci), reis campos, referiu que a nova legislação sobre a atribuição de alvarás – publicada dia 26 em diário da república - “não resolve a situação” do sector, que está “numa desgraça total e perde 140 trabalhadores por dia”. o responsável adiantou, citado pelo diário económico (de), que “uma das coisas que o estado devia fazer era pagar 1,3 mil milhões de euros que deve ao sector e, sobretudo, anunciar até 15 de outubro [data da apresentação do orçamento de estado] o que deseja para a construção”

a nova legislação relativa à atribuição de alvarás estabelece que os requisitos exigidos às empresas ao nível da liquidez geral baixem de 15% para 5% e que os níveis de autonomia financeira sejam reduzidos de 110% para 100%. com esta medida, o governo pretende que as construtoras continuem a sobreviver “num ano particularmente difícil para o sector”, podendo ser salvas “duas mil empresas"

a mesma opinião que reis campos tem o presidente do grupo casais, antónio rodrigues. citado pelo de, o responsável considerou que a medida “é apenas um formalismo”, sendo “inócua, porque o que as empresas precisam é de trabalho”. antónio rodrigues adiantou que “o sector não estava preparado para estes cortes profundos”, até porque foi tudo tão rápido que não houve tempo “para reestruturar as empresas”. uma ideia, de resto, partilhada pelo presidente da construtora cantinhos, sá machado: “o ideal seria que não se tivessem de mexer nestes rácios, mas infelizmente não é possível. não salva nenhuma empresa, mas alivia a pressão sobre os empreiteiros”