
O Espírito Santo Plaza, arranha-céus que a Espírito Santo International (ESI), tinha no centro financeiro de Miami está à venda. A operação está a ser conduzida pela Exan Capital, empresa norte-americana especializada na venda de imóveis, que foi contratada pelo Tribunal do Luxemburgo - responsável pela insolvência da ESI, a "holding" de topo do Grupo Espírito Santo.
O encaixe da transação poderá vir a reverter para o BES "mau", uma vez que, segundo afirmou Ricardo Salgado no Parlamento, o edifício foi dado como garantia de financiamentos concedidos pelo banco à Esfil e ao ES Bank Panamá, escreve o Jornal de Negócios.
O diário diz ainda que, neste momento, ainda não há um calendário definido para a conclusão do processo, sendo que os interessados já podem enviar as suas ofertas para a Exan Capital.
O ES Plaza tem 35 andares, dez dos quais albergam o Conrad Hotel, do grupo Hilton, área não incluída nesta operação. Nos pisos de escritórios estão instalados, entre outros, o ES Bank Miami, banco o BES tem à venda, as instituições financeiras Wells Fargo e Nomura Securities, além do consulado francês.
Além da Herdade da Comporta e do ES Plaza, há outros ativos do GES ainda por vender.
Já foram vendidos vários ativos da Rioforte no Brasil - as fazendas Botucatu e Agriways, a empresa de mini-hídricas Luzboa, a participação no grupo brasileiro Monteiro Aranha e os Hotéis Tivoli Brasil - mas continuam por vender as Energias Renováveis do Brasil, a empresa de imobiliário ES Property Brasil e a Payco, empresa agrícola e florestal do Paraguai, de acordo com o Jornal de Negócios.
Por outro lado, os tailandeses do Minor Hotel Group, que adquiriram os Hotéis Tivoli do Brasil, também estavam interessados nas unidades desta cadeia em Portugal. Mas como estes hotéis estavam dados em garantia de empréstimos a operação não se concretizou.
O diário lembra ainda que também a venda da ES Property já esteve em marcha, mas o Tribunal do Luxemburgo suspendeu o processo por considerar demasiado baixo o preço oferecido pelos dois candidatos, a portuguesa Global Reach Investments e a norte-americana Cerberus. A alienação ainda não foi relançada e a empresa está em processo especial de revitalização.
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