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Venda de imóveis do GES a alegados testas de ferro na mira da Justiça

O Ministério Público (MP) está a investigar a alegada compra de património imobiliário do Grupo Espírito Santo (GES) por elementos da família, através de supostos testas de ferro, nos 12 anos anteriores ao colapso do grupo.

Segundo o Diário Económico, as autoridades investigam várias transferências de dinheiro para “offshores” que tiveram lugar momentos antes da venda de imóveis do GES, que alegadamente visou a ocultação de património.  

O MP estará, então, a investigar quem ordenou a transferência de propriedades do GES, bem como transferências de dinheiro para fora do país, como bancos estrangeiros e “offshores”. Estas operações estão a ser passadas a pente fino pela investigação no âmbito dos processos relacionados com o Universo Espírito Santo.

Nesse sentido, estarão a ser analisados os movimentos desde 2002, e que envolvem transferências de dinheiro, nomeadamente para Suíça, Luxemburgo, Gibraltar e ilha de Jersey, escreve a publicação. Também os paraísos fiscais nas Caraíbas estão a ser investigados.  

A Justiça suspeita que estarão em causa operações financeiras que terão servido, meses depois, para a aquisição de propriedades do GES em nome de terceiros, servindo de testas de ferro e com base no dinheiro alegadamente transferido para paraísos fiscais por parte de membros da família Espírito Santo.

Algumas das operações estão relacionadas com a venda de imóveis e terrenos realizados pela Herdade da Comporta, tendo já levado as autoridades a arrestar propriedades vendidas a terceiros eventualmente relacionados com o clã Espírito Santo (ver notícias relacionadas). 

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