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Mota-Engil perde contrato de 2,6 mil milhões. Seria o maior de sempre da construtora
GTRES

A Mota-Engil foi afastada de uma obra que a própria construtora classificou como a maior empreitada desde a sua existência (cerca de 70 anos). Em causa está a construção de uma linha férrea e de um porto de águas profundas nos Camarões.

A decisão do governo do país africano significa uma perda de cerca de 2,6 mil milhões de euros para a construtora. A descida da cotação do ferro obrigou a recalcular os custos do projeto, que ia ser assegurado pela empresa australiana Sundance Resources – tinha adjudicado a obra à Mota-Engil Engenharia e Construção África – mas que passou agora para as mãos do governo camaronês.

Segundo o i, que teve acesso a um comunicado da empresa australiana, “o governo da República dos Camarões concordou procurar financiamento para os 100% do capital necessário para as estruturas do caminho de ferro e do porto nos Camarões, através de um empréstimo feito pela China e possivelmente outros países”. O financiamento só avança se a empreitada da obra for entregue a construtoras chinesas.

Quanto à participação, o governo camaronês ficará com 98% do capital da empresa dona da linha férrea e do porto e a Sundance Resources ficará com os restantes 2%, como contrapartida do capital que já investiu até agora. Além do que investiu até agora no projeto, a companhia australiana pagará ao governo camaronês uma taxa pela utilização da infraestrutura, e proporcional “a cada tonelada transportada”, refere o documento.

Há cerca de um ano, a Mota-Engil explicava que esta empreitada consistia na construção de 580 quilómetros de linhas ferroviárias e um porto de águas profundas, perto da fronteira dos Camarões com a república do Congo. “O contrato enquadra-se no projeto de minério de ferro Mbalam-Nabeba (um dos mais relevantes projetos de infraestruturas do país e da região), localizado em Mbalam, cerca de 485 quilómetros a leste da cidade costeira de Kribi, na República dos Camarões, abrangendo ainda a zona de Nabeba, na República do Congo”, lia-se no comunicado enviado pela construtora.

Obra em Luanda concluída em novembro

Entretanto, e de acordo com a Lusa, a Mota-Engil anunciou que a empreitada de grandes dimensões de beneficiação de dezenas de artérias no centro de Luanda, em Angola, que arrancou em maio, vai estar concluída a 9 de novembro, a tempo das comemorações da independência angolana.

A informação, sobre uma empreitada avaliada em 65 milhões de euros para intervir em 100 quilómetros de ruas e avenidas, foi revelada à Lusa pelo administrador da Mota-Engil, António Graça. “Será entregue ao dono da obra, o Governo Provincial de Luanda, a 9 de novembro. Está a correr dentro das expetativas, mas tínhamos, e temos, um planeamento muito apertado”, admitiu.

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