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Keller Williams vê faturação disparar 60% no mercado nacional
Eduardo Garcia e Costa, CEO da KW Portugal Keller Williams

As casas estão cada vez mais caras mas nunca se compraram tantos imóveis em Portugal. A isto junta-se o facto de os bancos estarem mais disponíveis para emprestar dinheiro. Na Keller Williams (KW) o negócio não podia estar a correr melhor, conta ao idealista/news Eduardo Garcia e Costa, CEO da mediadora. 

A KW fechou maio com a melhor faturação de sempre em Portugal, mais 78% que no mesmo mês de 2017. Estamos a falar de que valores?

Em três anos de atividade, a KW tornou-se uma das redes de mediação imobiliária de referência em Portugal pela dimensão que conseguiu atingir. Esta conquista é consequência de um forte crescimento durante estes três anos, onde praticamente todos os meses temos batido recordes, e da abordagem inovadora que a KW está a trazer ao mercado. Em maio ultrapassámos os 150 milhões de euros em transações e em três anos já temos mais de 1.800 associados. 

A faturação acumulada anual, de janeiro a maio, é 60% superior à verificada em igual período do ano passado. Os números correspondem às expetativas?

Acreditávamos que ao lançar a empresa em Portugal, os modelos e sistemas que tinham sido estudados e comprovados nos EUA replicariam os resultados que levaram a KW à liderança nesse país.  Este crescimento bastante acima do mercado é a prova de que a implementação desses modelos e sistemas era crucial, daí a forte aposta na formação e treino, o que leva a um elevado grau de preparação da nossa equipa.

"Em média as nossas casas são vendidas em menos de seis meses"

Qual é a tipologia de casas mais procurada?

Através da análise das angariações que vendemos o ano passado, o mercado é essencialmente habitacional, com 96% dos imóveis transacionados. O T3 e o T2 representam mais de 63% dos imóveis.

Quanto tempo demora hoje vender uma casa?

Em média as nossas casas são vendidas em menos de seis meses. Não notamos grande diferença desde que iniciámos atividade em Portugal.

Há produto suficiente no mercado ou há falta de “stock”?

Em algumas localizações, como Lisboa, existe alguma escassez de oferta devido ao aumento da procura e reduzida construção dos últimos anos. Isso traduz-se num ligeiro inflacionar do preço médio (242.291 euros em Lisboa Vs 171.767 euros a nível nacional).

Contudo, na KW temos a máxima que “se os preços estão a subir, prepara-te que um dia eles vão descer, sendo o inverso também verdadeiro”.

Publicámos nos EUA um livro que se chama “Shift”, que prepara os consultores para melhor servirem os clientes nas mudanças de mercado. Vamos lançá-lo em setembro em Portugal, no nosso quatro aniversário.

Qual é o perfil típico dos clientes? Os portugueses estão ativos ou destacam-se cada vez mais os estrangeiros?

A grande maioria dos negócios continua a ser de portugueses. Contudo há uma maior procura de estrangeiros, inicialmente motivada por questões legais e de incentivos fiscais, aliada a uma “descoberta” de Portugal, em particular de Lisboa, linha de Cascais e Porto, como destinos turísticos de eleição. 

"A grande maioria dos negócios continua a ser de portugueses. Contudo há uma maior procura de estrangeiros (...)"

Adicionalmente há também uma grande atratividade dos preços do imobiliário para investidores estrangeiros quando comparados com outros mercados europeus relevantes, mas que não são de competição com os compradores portugueses.

O mercado imobiliário nacional está ao rubro. Até quando se vai manter esta “febre”?

A KW está a crescer bastante acima do mercado, não devido ao bom momento do setor, mas sim graças aos modelos e sistemas da empresa que replicámos em Portugal. Vive-se um excelente momento no setor, mas independentemente das condições de mercado os resultados vão depender do grau de preparação das nossas pessoas. Daí as formações sobre o Shift que falámos (ver em cima) e que lançaremos em setembro.

Os preços das casas estão de facto demasiado elevados? Há ou não uma bolha imobiliária? 

Como explicámos anteriormente, poderá haver algum inflacionar dos preços em zonas como Lisboa, devido ao aumento da procura e reduzida construção dos últimos anos. 

Os grandes indicadores são bastante positivos, inclusive no que toca às taxas de juro que são menores agora e à concessão de novos créditos à habitação, que tem aumentado constantemente desde 2012. O mercado imobiliário apresenta-se num período de crescimento e com perspetivas saudáveis.

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