Criptomoedas: um mundo de oportunidades para a mediação imobiliária

É cada vez mais certo que os criptoativos vão fazer parte do futuro do setor da mediação imobiliária, numa aposta segura em valores como a inovação e a disrupção. O mercado das criptomoedas representa uma nova oportunidade de posicionamento para as imobiliárias e os seus consultores, preservando a mesma segurança para comprador e vendedor. Está a abrir-se um novo mundo de possíveis negócios. 

“Nas últimas duas semanas, realizámos a primeira escritura pública em criptoativos, em parceria com a sociedade de advogados Antas da Cunha ECIJA e outros parceiros do Crypto Valey, na Suíça, e anunciámos o primeiro portal de uma rede imobiliária para listar imóveis integralmente em criptomoeda, o CryptoHouses, que tem disponíveis cerca de 3.000 imóveis à venda. Tanto a escritura, como a possibilidade de lançar um projeto pioneiro, como esta nova plataforma de imóveis, só foram possíveis de concretizar devido ao forte trabalho de equipa, e à confiança dos nossos consultores e clientes. É um esforço em equipa, isto porque nestes processos é fundamental dar primazia aos processos de compliance. Criámos, também com este propósito, um departamento de Crypto Negócios, composto por especialistas que ajudam a assegurar toda a componente processual e legal das transações, e todos os passos do processo de permuta de uma casa em criptoativos”, explica Carlos Santos, Chief Technology Officer (CTO) da Zome.

Escritura da primeira casa vendida em Portugal 100% em criptomoedas Zome

Transações seguras

O responsável considera ser importante reafirmar que “as transações de imóveis em criptoativos são seguras, têm base legal e representam uma oportunidade perfeita para quem investe em criptomoedas e, simultaneamente, tem gosto e interesse em investir no setor imobiliário”. 

Como funciona o processo de venda?

“Em termos técnicos, a escritura, ou DPA, obrigam a um processo prévio de compliance legal, com o objetivo de verificar a proveniência dos fundos, ao abrigo da lei de branqueamento de capitais. No caso dos criptoativos, temos de o fazer de uma forma mais elaborada, não só do ponto de vista de informação por parte do cliente, mas também por parte do rastreamento da própria carteira digital", conta Carlos Santos. 

A aplicabilidade do modelo de compliance, segundo o responsável, poderá variar consoante:

• o negócio equivalente em euros;
• as informações;
• s identificações necessárias da wallet digital;
• o rastreamento digital;
• a execução da transferência dos ativos digitais do comprador para o vendedor, em pleno ato de escritura.

"Posteriormente, todos os comprovativos ficam como anexo ao processo de compliance", explica ainda.

Foto de Karolina Grabowska no Pexels

"Criptoativos vieram para ficar"

Segundo o CTO da Zome, o último relatório da revista Forbes sobre a taxa de adoção da Bitcoin à escala mundial, à data de julho de 2021, revela uma adesão de 17%, o que mostra uma tendência inegável de uso das criptomoedas por parte da população a nível global. “Tendo esta conta estes dados, e sabendo que Portugal é um país cryptofriendly, acreditamos que se possa vir a posicionar dentro desta média, e ser um ator da revolução do setor imobiliário”, salienta.  

De uma coisa Carlos Santos diz não ter dúvidas: “Os criptoativos chegaram e vieram para ficar”. Considera que as moedas digitais “poderão vir a fazer parte do dia a dia” das equipas da Zome e, por isso, assegura que a mediadora continuará a investir na formação das suas equipas, para garantir que se “sentem apoiadas e preparadas para dominarem os desafios do futuro da mediação e do setor.” 

“Sabemos também, porém, que por mais que a tecnologia evolua, o papel de consultoria prestado pelos nossos consultores continuará a ser fundamental e sempre insubstituível. Na Zome, este é o lugar onde queremos estar, e continuar a caminhar e a evoluir, tirando o melhor partido da tecnologia para criar oportunidades de crescimento às nossas equipas, e oferecer os melhores serviços aos nossos clientes. Queremos continuar a fazer história”, conclui.