
O Novo Banco colocou à venda um conjunto de terrenos para construção em Lisboa e no Algarve que fazem parte do Projeto Eleanor. E recebeu várias propostas para alienar este portfólio de imóveis, no qual se inclui o terreno nas Amoreiras, com 133 mil m2. Acontece que as propostas vinculativas recebidas para o terreno das Amoreiras e dos Olivais têm condições exigentes no que toca ao licenciamento, o que pode levar a instituição bancária a adiar a sua venda.
Em maio deste ano, o idealista/news noticiou que o Novo Banco estava a preparar a venda dos terrenos que compõem o Projeto Eleanor, avaliados em 367 milhões de euros, nomeadamente:
- Terreno da Artilharia 1, junto às Amoreias (Lisboa): com 133 mil m2 e avaliado em 240 milhões de euros, é considerado a “joia da coroa”. Este loteamento está aprovado, sobretudo, para uso residencial, onde deverão nascer 683 casas para o segmento alto;
- Terreno nos Olivais Sul (Lisboa): com 88,8 mil m2 e avaliado em 43 milhões de euros, aqui prevê-se a construção de escritórios, residências, comércio e até casas para arrendamento acessível;
- Terreno em Benagil (Algarve): avaliado em 52 milhões de euros, está em fase final de licenciamento. Nos seus 68 mil m2 de construção inserem-se um hotel com 150 quartos, moradias, apartamentos turísticos e residências;
- Terreno em Arade (Algarve): conta com 115,5 mil m2 e está avaliado em 32 milhões de euros. Este terreno já tem o licenciamento concluído e prevê colocar no mercado 652 casas, tendo ainda espaços turísticos e dedicados à hotelaria.

Mais tarde, em setembro, foi noticiado que havia vários interessados em comprar o terreno das Amoreiras, entre os quais estava a Bain Capital e a Kronos Real Estate Group, que se preparavam para avançar com uma proposta vinculativa. E na corrida ao terreno de Lisboa ainda estava a Quest Capital Partners (uma fusão da Albatross com a Quântico). Já interessada no Terreno em Arade, no Algarve, estava a Vanguard Properties.
As propostas vinculativas para a compra dos terrenos foram entregues a 13 de outubro. E, agora, sabe-se que o Novo Banco está a ponderar adiar a venda dos dois ativos em Lisboa ( o terreno das Amoreiras e o do Olivais), porque as propostas vinculativas para a sua compra apresentam condições exigentes no que toca ao licenciamento, escreve o Jornal Económico. Além disso, o banco não tem pressão para vender os ativos.
Ao que tudo indica o preço oferecido pelos terrenos em Lisboa está sujeito a obtenção do licenciamento, pois os investidores não querem correr riscos perante o atual clima de incerteza que paira sobre o mercado imobiliário e sobre os riscos dos atrasos dos licenciamentos na autarquia de Lisboa, refere o mesmo jornal.
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