Até fim de novembro registou-se total de quase 50 mil constituições no país, revelam dados mais recentes do Barómetro Informa D&B.
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Setor imobiliário e construção
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Cátia Colaço
Cátia Colaço (Colaborador do idealista news)

Portugal está perto de atingir um recorde absoluto na criação de empresas. Com 49.512 constituições até final de novembro, que corresponde a um aumento de 3,6% (+1.700) face ao período homólogo, o país registou o número mais elevado dos últimos 20 anos de novas empresas, ficando a apenas cerca de 2.500 constituições do recorde histórico até final do ano. O grande destaque vai para os setores do imobiliário e da construção.

De acordo com os dados do Barómetro da Informa D&B, mais de metade dos setores de atividade cresceram em constituições. Os setores de atividades imobiliárias e da construção foram os quem mais cresceram, com +1.1109 constituições (+22%) e +853 constituições (+15%), respetivamente. Seguem-se: 

  • serviços empresariais - 434 novas empresas (5,4%);
  • tecnologias da informação e comunicação - 328 novas empresa (10%);
  • agricultura e outros recursos naturais - 259 novas empresas (18%).

Em sentido contrário destaca-se o setor dos transportes, que há mais de um ano regista a maior queda na criação de empresas, menos 975 constituições (-22%), seguindo-se os setores do retalho, com menos 318 constituições (-7,3%), e os serviços gerais, com menos 113 constituições (-1,6%).

Em termos regionais, o Norte foi onde se registou o maior número de constituições, com a abertura de 15.533 novas empresas, assim como o maior aumento (+5,5%; +804 constituições) relativamente ao mesmo período do ano passado. A Grande Lisboa surge de seguida, com 14.564 constituições e um crescimento homólogo de +2,1% (+300 constituições), enquanto o Algarve decresceu, registando -22 constituições face ao período homólogo (-0,8%), devido, sobretudo, ao recuo do setor dos Transportes.

Encerramentos e insolvências descem em 2025

Em todo o país foram encerradas 11.004 empresas desde início do ano e até final de novembro, mantendo o indicador em baixa relativamente ao período homólogo, enquanto no período de dezembro de 2024 até final de novembro de 2025, ou seja, nos últimos 12 meses, encerraram 13.635 empresas, o que representa -2.154 encerramentos (-14%).

Todos os setores de atividade registaram descidas durante este período, com principal destaque para o Retalho (-420 encerramento; -19%), Alojamento e restauração (-323 encerramentos; -18%) e Serviços empresariais (-312 encerramentos; -13%).

No que respeita a insolvências, foram 1.856 as empresas a iniciar um processo de insolvência desde início de 2025 e até final de novembro, o que representa uma descida de 2,9%, ou seja, -55 insolvências em comparação com o período homólogo.

No entanto, esta descida aconteceu apenas em três setores de atividade, destacando-se o setor das Indústrias, com -134 insolvências (-26%), sobretudo na Indústrias de têxtil e moda (-102 insolvências; -34%), ainda que seja esta a indústria com o maior número de insolvências (202) entre janeiro e novembro de 2025. Logo de seguida surgem as empresas de construção de edifícios (158 insolvências). 

Nos serviços gerais também desceram as insolvências, com -20 (-14%), assim como nas atividades imobiliárias, com -8 insolvências (-14%). Por outro lado, foram os setores dos Transportes e dos Serviços empresariais onde se registou o maior crescimento de insolvências, +41% (+41 insolvências) e +22% (+33 insolvências), respetivamente.

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