
Portugal, sobretudo Lisboa, é um destino que está na moda. Uma tendência de mercado que já se tinha verificado em 2015 e que este ano parece estar a ganhar ainda mais força. Um cenário comprovado com números, neste caso da Aguirre Newman (AN). “Avaliando a globalidade dos segmentos que caracterizam a atividade imobiliária em matéria de propriedade comercial, escritórios, retalho, indústria e investimento, confirmam-se todas as expetativas positivas”, refere a consultora imobiliária.
No caso do segmento escritórios, a área contratada no primeiro semestre (73.816 m2) foi superior cerca de 45% à registada no período homólogo 50.776 m2). Só em junho foram contratados 21.083 m2, mais 65% que no mesmo mês do ano passado (12.763 m2). “A superfície média contratada por transação, de janeiro a junho, aumentou cerca de 92%, de 413 m2 em 2015 para 794 m2 em 2016”, refere a AN em comunicado.

No que diz respeito ao mercado de retalho, está muito centrado nas lojas de rua, tanto no mercado de investimento como na procura. Segundo a empresa, “ao nível da procura, com a escassez de lojas nas zonas prime, os operadores estão as desviar-se para outras zonas [de Lisboa], como a Baixa, o Príncipe Real e a Baixa da cidade, levando aos preços por m2 a aumentar, como até então não se havia verificado”.
Em retoma está o mercado de indústria, apesar de ser ainda uma retoma pouco expressiva. “Relativamente ao que se registava no mercado há cerca de cinco anos, hoje sente-se uma melhoria na procura de logística. As perspetivas de conjuntura económica também indicam uma evolução positiva deste setor para os próximos anos, tanto ao nível da procura como de investimento”, conclui a consultora.

Relativamente aos números do investimento imobiliário, a AN estima que nos primeiros seis meses do ano tenham sido investidos no país 1.100 milhões de euros, na sequência de cerca de 35 transações, sobretudo de origem estrangeira. Trata-se de um valor que se assemelha “ao montante de 1.200 milhões de euros investidos em Portugal no primeiro semestre de 2015”, refere a empresa, salientando que o setor de escritórios captou cerca de 43% do total de investimento realizado no primeiro semestre de 2016.

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