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Mercado de investimento imobiliário está “rejuvenescido e mais abrangente”
GTRES

O aumento do investimento imobiliário estrangeiro em Portugal está a ajudar a economia a crescer. Esta é uma tendência, de resto, que se verifica um pouco por todo o mundo. E após o boom da crise financeira que afetou o setor, este está agora um “mercado rejuvenescido e mais abrangente”, refere a consultora imobiliária Worx.

De acordo com a consultora, há cada vez mais “nichos de mercado que ganham força pelo aumento da procura, duração dos contratos e consequente segurança para os investidores”, tais como clinicas, lares de terceira idade e residências para estudantes.

“O envelhecimento da população, o aumento da população universitária e o aparecimento de novas indústrias que apresentam necessidades próprias enquadram-se numa nova oferta diversificada, interessante para os fundos”, conclui a Worx, numa análise que se apoia num recente estudo feito pela Knight Frank, o “Global Cities 2015”.

O mesmo conclui que há menos ativos disponíveis no mercado e que os existentes ganham potencial com reabilitações ou remodelações. “À falta de ativos interessantes os investidores adquirem ativos com retornos reduzidos mas que na atual conjuntura, em que a oferta nova e em ‘pipeline’ é mínima, acabam por ser a única solução”.

Igualmente importante é o facto de os governos estarem a facilitar e a criar incentivos à entrada de investimento estrangeiro. Na Índia, por exemplo, a legislação foi alterada em 2014 para regular a entrada de capital estrangeiro, estimando-se a valorização do mercado em 100 mil milhões de dólares a médio prazo.

Já os governos da China e Tailândia permitiram que as companhias seguradoras investissem “em força” em imobiliário internacional. Atualmente, as seguradoras chinesas detêm 220 mil milhões para investir e o foco das tailandesas será em cidades importantes dos EUA e em Londres, refere a Worx.

No caso dos EUA, a lei de 1980 de limitação ao investimento estrangeiro resulta em apenas 17% de investimento internacional, um valor baixo face ao praticado na Europa (50%) e Reino Unido (60%). Uma alteração legislativa faria com que o investimento estrangeiro aumentasse bastante em Nova Iorque e São Francisco, por exemplo.

Por outro lado, os EUA estão no top de quem mais investiu “fora de portas” nos últimos dois anos: 100 mil milhões de dólares, 80% dos quais na Europa, sobretudo em Paris (França) e Londres (Reino Unido).

Já o investimento chinês continua a aumentar além fronteiras, contando já com 24 mil milhões de dólares em imobiliário comercial nos últimos dois anos.

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