
Os escritórios continuam a ser a estrela no universo do investimento imobiliário comercial. E prova disso mesmo foi a conclusão da venda de mais um edifício de escritórios em Lisboa. O gestor de ativos pan-europeu M7 Real Estate selou a venda do edifício Forte 9, situado em Carnaxide, por um valor não revelado. O novo proprietário do imóvel é a promotora imobiliária Lusoproa. Este negócio assinalou aquela que é a sua primeira aquisição de um ativo destinado a escritórios, tendo até agora focado o seu investimento em imóveis residenciais.
O edifício Forte 9 é, nada mais nada menos, do que as antigas instalações da Cervejaria Lusitânia. Situa-se na Avenida do Forte, em Carnaxide, e já tem o licenciamento para renovação aprovado, estando destinado a serviços. O imóvel possui um total de 3.500 metros quadrados de ABC distribuídos por três pisos, a que se somam 116 lugares de estacionamento repartidos por quatro pisos em cave.
A venda do imóvel ocorre num contexto de incerteza, marcado pela alta inflação e subida de juros. Mas Leonardo Peres, managing director da M7 Real Estate Portugal, decidiu aproveitar a “resiliência contínua do mercado de investimento português” e “os fortes fundamentos subjacentes na área de Carnaxide” para vender este edifício de escritórios com valor acrescentado. Isto porque, enquanto proprietária do imóvel, a M7 avançou com o seu plano gestão de ativos que passou por “incrementar a área arrendável, definir um produto e garantir uma licença para renovar o edifício, aumentando assim a liquidez do ativo”, dizem em comunicado enviado às redações.
Para a portuguesa Lusopra a compra do edifício Forte 9 trata-se da primeira transação no universo de escritórios já que, até agora, a promotora imobiliária pautou o seu portefólio com ativos destinados a habitação. Este “é um investimento importante para a Lusoproa, na medida em que até ao momento a nossa estratégia de investimento tem passado maioritariamente pelo desenvolvimento de ativos residenciais”, comentou Miguel Batista, da Lusoproa, citado no mesmo documento.
O edifício Forte 9 “é um ativo muito bem localizado, com características que permitem o desenvolvimento de um projeto muito interessante, que passará pela total reconversão do existente num edifício totalmente adaptado às atuais necessidades e exigências do mercado”, explicou ainda Miguel Batista.
“Trata-se de um edifício icónico na zona de Carnaxide, com grande visibilidade desde a Avenida do Forte, e com potencial de reposicionamento por parte do novo proprietário. Devido às suas caraterísticas e flexibilidade, acreditamos muito no sucesso de um projeto de uso alternativo”, conclui José Hermozilha, Head of Investment Properties da CBRE Portugal, a consultora que participou nesta operação representado o proprietário.
Já para a M7 “a venda deste ativo à Lusoproa está em linha com o seu plano de negócios e acompanha a conclusão da estratégia de gestão de ativos”, disse Leonardo Peres, que garante que “Portugal continua a ser um mercado-chave para a M7”, acrescentando que a empresa tem “ambições de continuar a mobilizar capital [para o nosso país] em nome dos nossos investidores, caso surjam as oportunidades adequadas”.
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