a assembleia da república discute esta quinta-feira a proposta do governo para a criação de uma bolsa de terras. a ideia é utilizar os terrenos que estejam abandonados e, mediante um contrato de arrendamento, entregá-los a quem esteja interessado em produzir. ao fim de dez anos, o arrendatário poderá comprar o terreno ao estado
a ideia de um banco de terras é uma recorrência no campo das intenções políticas dos governos. um dos exemplos mais simbólicos pertence a sá carneiro, que, quando foi primeiro-ministro, dividiu a herdade dos machados, no alentejo, em 300 parcelas, que foram entregues a cerca de uma centena de agricultores. mas o processo foi longo e a entrega de terrenos demorada, acabando por matar o espírito inicial da ideia. quase todos os titulares da pasta da agricultura mostraram, nem que fosse informalmente, o desejo de avançar com o banco de terras
segundo o i online, o actual diploma proposto por assunção cristas está a ser alvo de críticas e desvalorizações. a oposição, nomeadamente o ps – através do antigo ministro da agricultura, antónio serrano –, já veio dizer que “a ideia nem é má, mas trata-se de um show-off por parte da ministra”. uma expressão também utilizada pelos agricultores, sobretudo porque afirmam que a proposta do governo se concentra no conceito de “terrenos abandonados”
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