a câmara municipal do porto (cmp) procedeu esta quarta-feira ao despejo dos moradores do bairro do nicolau, nas fontainhas. segundo o jornal púbico, sem aviso prévio, o enorme contingente de elementos da psp, polícia municipal e técnicos de serviços municipais começou a bater à porta das casas às 8 horas, informando as pessoas que tinham de sair. em causa está o facto de o município querer demolir o bairro e consolidar a escarpa, dos guindais às fontainhas, onde não existem condições de segurança nem de habitabilidade
citada pela publicação, isabel lima, uma das moradoras que em maio, quando foi afixado o edital a avisar os moradores de que tinham de sair, se recusou a aceitar a única solução proposta pela empresa municipal domus social para o realojamento – um apartamento no bairro do cerco –, revelou que se tratou de “um aparato enorme”. “parecia uma rusga”, frisou
no local esteve também um autocarro que, ao que tudo indica, levou os moradores do bairro para a segurança social, já que todas as famílias foram encaminhadas para a segurança social ou para a domus social. filipa melo, administradora da empresa, revelou que estava tudo preparado para que as 25 pessoas de oito famílias que ocupam 12 casas do bairro possam aceitar os apartamentos reabilitados e “prontos a habitar" que lhes estão reservados no bairro do cerco, o único da cidade onde a empresa conseguiu arranjar apartamentos suficientes para toda a gente do bairro do nicolau
sublinhe-se que o bairro do nicolau fica no topo de uma escarpa junto ao rio douro. de acordo com um edital publicado a 20 de maio, a autarquia tinha decidido avançar com a demolição num prazo de 30 dias, período que foi depois alargado
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