
O Convento do Desterro foi convertido em hospital mas começou a ser desativado progressivamente a partir de 2006, tendo encerrado em 2007. Em outubro reabrirá ao público, mas com um novo conceito, um pouco à imagem da LX Factory, em Alcântara. As obras de requalificação do espaço estão a decorrer.
“Vai ser uma surpresa muito grande. Em princípio abrirá em outubro. O primeiro prazo, era para ser no verão, não foi atingido. Os parceiros têm a maior credibilidade possível, a Mainside [empresa promotora da LX Factory], a Câmara Municipal de Lisboa e a Estamo [empresa pública que gere o património imobiliário do estado]. O projeto é uma realidade, mas está a levar o seu tempo [o protocolo foi assinado no final de maio de 2013]. Há muitas pessoas que vão utilizar o espaço que têm estado em negociações e a fechar contratos”, conta ao idealista News Rui Coelho, diretor executivo da Invest Lisboa.
Sem querer abrir muito o livro, já que é a Mainside que está a tratar da reabilitação do espaço e que “há coisas que ainda não estão totalmente fechadas”, o responsável adianta que haverá “um mix de conteúdos culturais e comerciais”. “[O trabalho] está a ser desenvolvido com muito cuidado, até pelo património e pela oportunidade que está em causa. Trata-se de 12.000 metros quadrados (m2). Não vão abrir todos no mesmo dia, mas vai abrir um corpo principal que será substancial”, conta.
“Algo novo na cidade”
Segundo Rui Coelho, há ideias em cima da mesa “muito interessantes, conteúdos inovadores” que serão uma realidade na capital: “É algo novo na cidade, para simplificar digo que será uma LX Factory, porque está relacionado com os seus proprietários, e assim dá para ter uma ideia muito positiva daquilo que eles fizeram: o mix de lojas, restaurantes, livrarias, etc. Andará muito à volta disso, mas neste caso o projeto ainda está a ser trabalhado com mais atenção, tendo em conta o espaço que é e também a experiência que a Mainside ganhou com outros projetos, como por exemplo com a LX Factory”.
Sobre as obras que estão a decorrer, o responsável conta que as mesmas “não começaram logo” após a celebração do protocolo, porque “tiveram de ser aprovadas”. “Trata-se de património, houve alguma preocupação. O que se está a fazer é a limpar e a devolver o património à cidade. Está-se a melhorar, não se está a acrescentar nada de novo”, lembra Rui Coelho.
De referir que a Invest Lisboa, agência de promoção económica criada através de uma parceria entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Câmara do Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), foi responsável pela promoção da requalificação do antigo Hospital do Desterro. “Desafiámos a Estamo para promover o projeto. Quem o está a liderar é a Mainside, que é a concessionária do espaço. Nós promovemos a parceria, o projeto no início”, explica Rui Coelho.










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