
A proposta de Orçamento do Estado (OE) contempla novidades relativamente ao pagamento do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). Esgotada a cláusula geral de salvaguarda, que terminou no corrente ano, e dada a ausência de novas medidas OE sobre esta matéria, a fatura total do aumento do IMI nos prédios que foram alvo de reavaliação chega em 2015 e vai afetar uma parte significativa dos mais de cinco milhões de imóveis que foram reavaliados entre 2011 e 2012.
Por outro lado, a proposta de OE contempla um alargamento do universo de famílias que ficam isentas do pagamento de IMI. Segundo o Público, até agora, a isenção abrangia famílias com rendimento anual até 14.600 euros, limite que passará agora para 16.261 euros anuais, desde que o valor patrimonial tributário (VPT) dos imóveis não exceda os 66.500 euros.
Uma alteração que assegura que o universo potencial de famílias que pode beneficiar da isenção total de IMI é alargado a mais 50 mil famílias, para um total de 350 mil agregados.
Citada pela publicação, fonte oficial do Ministério das Finanças adiantou que as famílias com imóveis de VPT acima de 66.500 euros mas com rendimentos até ao primeiro escalão de IRS (cerca de 12.000 euros ilíquidos) continuam a beneficiar da cláusula especial de salvaguarda, que limita os aumentos a 75 euros anuais. Ou seja, os aumentos vão diluir-se pelos anos necessários até atingir o aumento que resultou da reavaliação do imóvel. Esta cláusula especial abrange cerca de um milhão de famílias.
No que diz respeito às receitas totais do IMI, a proposta do OE aponta para 1.623 milhões de euros a arrecadar em 2015, acima dos 1.482 milhões de 2014.
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