
O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, vai estar esta tarde (às 16h00) no Parlamento, na comissão de economia, para responder a questões dos partidos sobre os vistos gold. O requerimento foi pedido pelo PCP e foi aprovado pela maioria parlamentar.
Citado pela TVI24, João Oliveira, líder parlamentar do PCP, disse que o partido vai querer apurar responsabilidades políticas, juntamente com as responsabilidades criminais que estão já a ser investigadas pela justiça: “[Na audição, o PCP vai] confrontar o senhor vice-primeiro-ministro com a responsabilidade política que tem neste processo, com a responsabilidade política de ter criado o mecanismo dos vistos gold, com os quais andou a fazer propaganda nos últimos dois anos e pelos quais tem de responder”.
Segundo João Oliveira, têm de ser pedidas “consequências políticas” a Paulo Portas, “o grande ideólogo” deste mecanismo, que “não acautelou fenómenos como o tráfico de influências e o branqueamento de capitais que foram trazidos a público”. “Este mecanismo dos vistos gold destina-se sobretudo a promover a circulação de capitais sem garantir as condições para evitar fenómenos como estes”, criticou.
O responsável foi mais longe nas críticas, alegando que este caso implica mesmo “a demissão do Governo e a convocação de eleições antecipadas”. “É insustentável a manutenção deste Governo em funções”, frisou.
Em causa está a Operação Labirinto, que levou à detenção de 11 pessoas, entre eles o presidente do Instituto dos Registos e Notariado (IRN), António Figueiredo, o diretor nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Manuel Jarmela Palos, e a ex-secretária-geral do Ministério da Justiça Maria Antónia Anes.
Para poder comentar deves entrar na tua conta