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Negócios imobiliários de Sócrates ainda estão a ser investigados
GTRES

As eventuais entrevistas de José Sócrates a órgãos de comunicação social podem condicionar de forma irreparável os depoimentos de pessoas que serão chamadas como testemunhas ao processo que envolve o ex-primeiro-ministro. Este foi um dos argumentos apresentados pelo procurador Rosário Teixeira, e subscrito pelo juiz Carlos Alexandre, para se opor a eventuais entrevistas concedidas por Sócrates a partir da prisão de Évora.  

Segundo o Jornal de Notícias, na resposta que enviou à Direção- Geral dos Serviços Prisionais (DGSP), o juiz de instrução subscreveu na íntegra a posição do procurador, que foi chamado a dar um parecer sobre os pedidos de entrevista ao antigo líder do Governo, que está preso preventivamente por suspeitas de fraude fiscal, corrupção e branqueamento de capitais.

Rosário Teixeira, além de invocar um condicionamento de futuros depoimentos, disse ser contra as entrevistas. E alegou o seu fundamento com o facto de estarem ainda em curso diligências de recolha de prova junto de agências de viagens – provavelmente para saber de onde é que saiu o dinheiro que pagou as viagens de Sócrates – editoras, de forma a comprovar se o empresário Carlos Santos Silva (também preso preventivamente) comprou milhares de exemplares do livro “A Confiança no Mundo”, e empresas imobiliárias

No fundo, o procurador invocou o perigo de perturbação da recolha de prova para se manifestar contra as entrevistas, recordando que o juiz de instrução ratificou este entendimento quando da aplicação das medidas de coação, escreve a publicação.

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