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Habitação social: disparam pedidos no Porto
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A crise económica e financeira continua a ter efeitos na vida dos portugueses. A norte, na zona do Grande Porto, é sobretudo o desemprego e consequente perda de rendimento que está a afetar a classe média. E muitas famílias veem-se obrigadas a pedir apoio. À Câmara do Porto chegaram pedidos de cerca de 1500 agregados familiares para habitação social. Cerca de metade já foi aceite.

"São pessoas que tinham uma vida estabilizada e, agora, veem-se impossibilitadas de satisfazer as necessidades. Estas famílias não querem ir para um bairro. Querem uma casa diluída no ambiente urbano. São necessárias novas políticas de habitação para estes novos públicos", alerta Eduardo Vítor Rodrigues, citado pelo Jornl de Notícias. Tal como o presidente da Câmara de Gaia, também o autarca do Porto ressalva que a ideia europeia de que a habitação social seria um fenómeno temporário é um equívoco.  
  
"Vamos ter de continuar a construir ou a reabilitar habitação, como as ilhas, para darlhe um uso social. Já se percebeu que o sacrossanto mercado não vai resolver o problema da habitação. Temos de ter políticas que moderem o custo da habitação" para as pessoas incapazes de arrendar uma casa no mercado normal, explicou ontem Rui Moreira, no seminário promovido pela Associação Portuguesa de Habitação Municipal, também citado pelo JN.  
  
Procura supera oferta  
  
O inquérito aos municípios, feito pela associação, mostra que essa incapacidade está disseminada pelo país. Das 291 autarquias que responderam ao estudo, 129 garantem que houve um aumento significativo da procura de casas sociais nos últimos três anos e, em 206 municípios, a procura supera a oferta.   
  

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