
O setor imobiliário começa a dar, cada vez mais, sinais de que está a retomar em Portugal, em linha com a vizinha Espanha. E os dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística (INE) comprovam-no: em 2015 venderam-se 107.302 imóveis, mais 27% do que no ano anterior, e este é o mais elevado desde 2010. Também em 2015, o Índice de Preços da Habitação (IPHab) subiu 3,1%, a taxa mais elevada desde o segundo trimestre de 2014.
A maior disponibilidade da banca para dar mais crédito à habitação e em melhores condições, os indexantes associados aos empréstimos em mínimos históricos (que também fazem com que a baixa atratividade dos produtos de poupança tornem o imobiliário num investimento interessante para as famílias), a par do aumento da confiança por parte dos consumidores devido à ligeira recuperação económica do país, são alguns dos pontos que explicam a tendência de retoma do imobiliário em Portugal. De destacar ainda, o interesse dos investidores (nacionais, mas sobretudo, internacionais) que continua em alta.
Este é, segundo os dados do INE, o terceiro ano consecutivo com aumentos das transações de alojamentos, com taxas de crescimento de 4,4% em 2013, 5,6% em 2014 e 27,4% em 2015.
E do total de casas vendidas em 2015, mais de um terço situava-se na área metropolitana de Lisboa. Nessa região foram vendidos 35.317 imóveis no ano passado, mais 31% do que em 2014. O Norte foi a segunda região com a maior fatia do valor das vendas (26,7% do total).
Mas foi na Região Autónoma da Madeira, o Algarve e a região Norte, que em 2015 se registaram as taxas de crescimento mais elevadas, na ordem dos 36%, 33% e 32%, respetivamente.
Em termos de tipo de alojamentos, a venda de casas usadas cresceu mais (19,8%) do que as novas (6,0%).
No total, o valor dos alojamentos transacionados atingiu um montante próximo dos 12,5 mil milhões de euros em 2015, mais 2,9 mil milhões do que em 2014.
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