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Em Abril foram investidos em Portugal ao abrigo do programa de vistos gold 82 milhões de euros, totalizando 313 milhões nos primeiros quatro meses do ano. Trata-se de um aumento de 46% face ao período homólogo, revelou a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI). Ao todo já foram atribuídos 3.295 “vistos dourados”, 130 dos quais em abril.

Desde que foi criado, este regime de incentivo ao investimento estrangeiro já conseguiu ultrapassar os dois mil milhões de euros, sendo que a maioria do investimento foi alcançado através da compra de imóveis (têm de custar pelo menos 500.000 euros).

“São dados animadores e que permitem fundamentar uma expetativa positiva para os próximos meses, que é essencial para estabilizar níveis de confiança e alimentar um vetor de crescimento do investimento que se tem traduzido numa grande mais-valia, não só para a construção e imobiliário, mas também para a generalidade da economia, que está a tirar partido do interesse destes investidores no nosso país”, disse Reis Campos, presidente da CPCI, em comunicado.

Segundo o responsável, o programa de vistos gold “é uma demonstração cabal que Portugal tem uma competitividade intrínseca muito elevada”. “É com medidas de incentivo bem delineadas, a promoção da confiança dos investidores e a estabilidade regulamentar e fiscal que se pode atrair mais e melhor investimento, que é precisamente o que mais precisamos para estabilizar, em definitivo, a economia e o emprego”, concluiu.

Concedidos 3.295 vistos até abril

Entretanto, e de acordo com dados da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), foram atribuídos até 30 de abril – e desde o início do programa – 3.295 vistos gold. A maioria (3.112) foi através da compra de casa.

Só em abril foram atribuídos 130 vistos, um número ainda assim inferior ao registado no mês anterior – em março foram concedidos 168 golden visas, o maior número de atribuições desde sempre num só mês.

Os chineses continuam a ser os cidadãos estrangeiros que mais investem neste programa, com um total de 2.545 vistos concedidos. Seguem-se brasileiros (151), russos (111), sul-africanos (88) e libaneses (50).

“O procedimento de atribuição de vistos gold está a normalizar, e é natural que estabilize com oscilações pouco representativas. Ao mercado estamos a dar um sinal positivo e a demonstrar que, depois dos problemas que existiram, este programa está finalmente a funcionar normalmente, como seria expetável”, disse Luís Lima, presidente da APEMIP, em comunicado.

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