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Transações imobiliárias renderam 18,1 mil milhões de euros em 2016
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O ano de 2016 fechou com um investimento de 18,1 mil milhões de euros resultantes de transações imobiliárias, 4 mil milhões dos quais “via” cidadãos estrangeiros. Trata-se de um valor superior ao verificado em 2015, ano em que foram conseguidos 15 mil milhões de euros, dos quais 3,3 mil milhões tiveram origem externa.

Os números foram avançados por Reis Campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e Imobiliário (CPCI), que faz um balanço positivo do ano de 2016. Só no terceiro trimestre, por exemplo, o número de transações de imóveis cresceu 15,8% face ao período homólogo e o licenciamento de obras cresceu 13,4%. “Recordo que, apesar desta recuperação, o país deverá terminar o ano com pouco mais de 11 mil fogos novos licenciados, o que é menos de um décimo do verificado em 2001, o último ano com variações positivas neste indicador”, disse o responsável, citado pelo Diário Imobiliário.

Para Reis Campos, “ainda não existe praticamente investimento público e persistem desequilíbrios macroeconómicos importantes”, mas é possível afirmar que em 2016 se caminhou “no sentido correto”.

O líder da CPCI considera que “o ano de 2016 não correspondeu às expetativas das empresas, já que a estabilização da atividade é um imperativo”. “Portugal não cresce sem um setor da construção e imobiliário forte e precisamos de, rapidamente, seguir o exemplo da generalidade dos países europeus e criar condições para a retoma do investimento”, alertou.

Hugo Santos Ferreira, secretário-geral da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII), é da opinião que em 2016 as empresas do setor fizeram um excelente trabalho, notando em particular que os promotores imobiliários nacionais voltaram em força ao mercado, lançando ou relançando muitos e bons projetos imobiliários, escreve a publicação.

O responsável mostra-se, o entanto, preocupado, sobretudo com a aprovação do Orçamento de Estado (OE2017). “O OE recentemente aprovado e o pacote de avanços e recuos legislativos que estão em curso no imobiliário representaram uma mensagem profundamente errada e contrária aos investidores, maioritariamente estrangeiros, de que não são bem-vindos. A captação de investimento estrangeiro continua a ser absolutamente necessária não só para o setor, mas para toda a economia nacional”, frisou.

Nesse sentido, Hugo Santos Ferreira considera ser necessário criar um regime fiscal e legal credível e estável, no qual os investidores possam confiar.

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