
Assunção Cristas, candidata do CDS-PP à Câmara Municipal de Lisboa (CML), disse que a lei das rendas que concretizou enquanto ministra – em novembro de 2012 no Governo de Passos Coelho, durante a Troika – renovou o centro histórico da capital, sendo um fator a seu favor nas autárquicas, que se realizam em outubro.
“Esse é um fator positivo a meu favor, até porque aquilo que a esquerda dizia de despejos em massa, de dramas sociais, simplesmente não existiu. O que há é falta de coragem desta esquerda de aplicar aquilo que é o seu dever, que é pagar o subsídio de renda para que as pessoas possam continuar nas suas casas, havendo uma responsabilidade social por parte do Estado”, referiu Assunção Cristas, num encontro com jornalistas para fazer o balanço de seis meses de pré-campanha às eleições autárquicas em Lisboa.
A responsável mostrou-se cautelosa com o programa da autarquia de rendas acessíveis, salientando que tem falado com promotores e que estes não se mostram interessados. “Tenho vários números que posso dar que mostram que a reforma do arrendamento tem sido responsável pela regeneração que vemos na cidade, por uma reabilitação urbana como não havia até agora, nuns casos construção nova que mantém as fachadas. Se hoje dizemos que a Baixa, o casco histórico, a Mouraria, estão cheios de turistas, é porque tem havido esta possibilidade de renovação da cidade em zonas onde não havia quase ninguém", defendeu, em declarações à Lusa.
Referindo-se à reforma do arrendamento que tutelou, Assunção Cristas argumentou que teve a “preocupação central” de “proteger idosos com mais de 65 anos, pessoas com deficiência e pessoas com carência económica”. “Concluído este processo transitório, o que verificámos é que não houve dramas sociais em massa, como estavam a ser anunciados, quem não precisava destes apoios transitou para os novos contratos, quem precisava continuou a ser protegido e agora tinha a proteção do subsídio de renda”, acrescentou.
A agora candidata à presidência da CML considera que o Governo, ao voltar a mexer na lei, voltou a “congelar rendas, quando a ideia era ao fim de cinco anos haver uma transição”. Segundo Cristas, “é preciso, com inteligência, gerir a questão do turismo” e “conseguir gerir a questão da habitação”.
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