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Imobiliário a ferver em 2017: vendem-se mais casas e preços disparam
GTRES

Portugal está entre os 17 mercados imobiliários mais quentes do mundo. Sim, isso mesmo! Os dados constam de um relatório do Global Property Guide conhecido a meio do ano, que analisou o preço das casas em 45 países mundiais – no primeiro trimestre de 2017 face ao período homólogo –, e comprovam que Portugal está (mesmo) na moda e que entrou definitivamente no radar dos investidores. 

Independentemente de Portugal ser um mercado imobiliário quente, morno ou frio, há fatores que são inegáveis no panorama nacional. Venderam-se muitas casas em 2017 e mais caras que nos anos anteriores. Um panorama que se manteve ao longo de todo o ano e para o qual terá contribuído, por exemplo, o facto dos bancos estarem mais disponíveis para financiar a compra de casa. 

Os números/dados que fomos revelando durante o ano são esclarecedores. Vamos por partes. Em janeiro ficámos a saber que o preço das casas em Portugal continental aumentou 7,5% num ano (em setembro de 2016 face ao mesmo mês do ano anterior), sendo este o maior aumento homólogo desde 2001.

E esta foi a tendência de 2017, que foi ganhando força mês após mês. Em junho, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos ao primeiro trimestre do ano, foi noticia o facto do preço dos imóveis ter aumentado 7,9% face ao período homólogo, uma subida recorde desde que há dados disponíveis (2009). E mais, entre janeiro e março deste ano foram vendidas 35.178 casas, também um recorde. 

O INE voltou a “fazer contas” e revelou, no final do ano, que os preços das casas dispararam 10,4% no terceiro trimestre do ano face ao mesmo período do ano passado. Um novo máximo, portanto. À boleia deste indicador estão os dados relacionados com as transações de imóveis: foram vendidos 38.783 alojamentos entre julho e setembro, mais 23% que no mesmo período de 2016.

Calma, há mais um dado que demonstra que se vive em Portugal uma febre imobiliária e que comprova, mais uma vez, que os portugueses preferem ser proprietários em vez de inquilinos. Troika diz-te alguma coisa? Pois bem, fica a saber que os preços das casas dispararam 25% desde a crise…

Solução passa pelos subúrbios

Certo é que perante este cenário de subida de preços, muitos portugueses estão a ser “empurrados” a ir viver para os subúrbios. Sim, porque comprar um apartamento reabilitado na capital chega a custar mais 12,3% que há um ano, de acordo com um estudo da consultora Prime Yield.

Mas afinal onde é que é mais caro comprar casa no país? O óscar dos preços altos vai para os concelhos de Lisboa, Cascais, Loulé e Lagos. “O município de Lisboa apresentou o preço mais elevado (2.231 euros por m2) e com valores acima de 1.500 euros por m2 destacavam-se ainda os municípios de Cascais (1.800 euros por m2), Loulé (1.650 euros por m2) e Lagos (1.555 euros por m2)", revelou o INE. Se quiseres saber quais são as zonas mais exclusivas do mercado nacional não hesites em clicar neste link. Ficarás a saber, por exemplo, que a Rua do Salitre, no centro da capital, é a zona com a habitação à venda mais cara em Portugal. 

Posto isto será que há uma bolha imobiliária no país? Para Luís Lima, presidente da da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), o preço das casas está elevado em “algumas cidades”, mas não há nem haverá uma bolha. A mesma entidade considera, aliás, que o preço das casas vai continuar a subir em 2018…

Mostramos-te, por fim, algumas curiosidades relacionadas com o negócio da compra e venda de casas. Ora vê:

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