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Cerca de 90% das casas em Lisboa estão vendidas antes de estarem prontas
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O mercado imobiliário está (mesmo) de boa saúde. E recomenda-se, claro. Nove em cada dez casas que são atualmente construídas em Lisboa são vendidas ainda em planta. Os dados são da consultora imobiliária CBRE e revelam uma tendência para o próximo ano: serão poucas as casas a não estarem vendidas mesmo antes da obra estar terminada.

Apesar do número de apartamentos para venda com conclusão prevista para 2018 ser muito superior ao verificado em 2017 – 1.200 novos apartamentos em 2018 contra os 750 do ano passado – a verdade é que a maioria já estará vendida, antes mesmo da obra estar terminada.

A CBRE revelou que a oferta vai continuar a aumentar, mas que ainda está longe de satisfazer a exponencial procura. O atual desajustamento entre a oferta e procura, explicou a consultora, não se verifica apenas ao nível do número de unidades, mas também em termos de localização, tipologias e preços.

“A maioria dos apartamentos recentemente construídos é de pequena tipologia (T1 e T2) e o preço médio, de 6.000 euros por metro quadrado (m2) em Lisboa, é um valor muito desajustado ao poder de compra dos portugueses”, sublinhou a consultora.

Preços vão continuar a aumentar

A consultora estima que os preços das casas continuem a aumentar “e inclusive a registar acréscimos superiores aos de 2017, tanto para produto novo como para usado”. A CBRE antecipa um aumento do preço médio no centro histórico da cidade, que "deverá ser na ordem dos 5% na nova construção”.

Em 2018 também são esperadas alterações ao Alojamento Local (AL), mudanças que deverão “levar alguns investidores a transferir unidades para o mercado de arrendamento tradicional”. Ainda assim, e de acordo com a consultora, esse aumento da oferta no mercado de arrendamento estará longe de ser suficiente, “até porque a maioria dos apartamentos atualmente colocados para arrendamento de curta duração são de tipologias pequenas e vão ao encontro de uma pequena fatia de mercado”.

Assim, e perante este cenário, estima-se que o valor das rendas também continue a aumentar. A perspetiva é de uma subida de 5% a 10% nos preços para quem arrenda.

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