
As casas integradas em resorts deverão valorizar 7,1% este ano. A expectativa é dos operadores de mercado e as estimativas constam do “Resorts Market Sentiment Survey”, realizado pelo SIR- Turismo Residencial. Os britânicos continuam a ser quem mais investe neste tipo de imóveis, mas há cada vez mais nacionalidades a ganhar quota no mercado.
O SIR é um sistema estatístico desenvolvido pela Confidencial Imobiliário (Ci) em parceria com a APR – Associação Portuguesa de Resorts e com Turismo de Portugal. Os seus resultados mais recentes mostram que “há uma crescente diversificação de nacionalidades a investir em imóveis de turismo residencial e que, apesar de o Reino Unido se manter como líder entre as mais de 40 nacionalidade ativas no mercado, também se verifica que novos países têm vindo a ganhar quota a este mercado tradicional”, lê-se no comunicado da Ci.
O inquérito concluiu que o Reino Unido, o Norte da Europa e a França continuam a ser líderes, concentrando nos últimos dois anos - 2016 e 2017 - cerca de dois terços das compras internacionais. Ainda assim, no conjunto dos três, a sua quota reduziu de 67% para 58%. “Um segundo pelotão, que soma cerca de 25% das compras e que ganhou quota entre 2016 e 2017, é composto pela Alemanha, Irlanda, China, Médio Oriente e América do Norte”, acrescenta ainda o documento.
No total do mercado nacional de Turismo Residencial - contempla as zonas da Costa Atlântica, Eixo Loulé-Albufeira, Barlavento e Sotavento algarvios -, destacam-se a Índia, a China, a América do Norte e a Rússia, com investimentos realizados acima dos 5.000 euros por metro quadrado (m2). Já os britânicos investiram cerca de 3.400 euros por m2, mais que os franceses, que investem uma média de 2.800 por m2.
“As boas perspetivas dos agentes que trabalham neste mercado devem-se, desde logo, ao facto da procura continuar a superar largamente a oferta, que continua muito restringida pelo limitado número de novas promoções em curso”, revela a Ci. “O otimismo deve-se também à recuperação cambial da libra esterlina, porque influencia diretamente o poder de compra dos britânicos e estes mantêm-se como o principal mercado comprador deste tipo de imóvel”, acrescenta.
“A relação entre o comportamento da libra esterlina e a variação dos preços destes imóveis é muito estreita, como se viu recentemente. A desvalorização da libra face ao euro foi um dos principais motivadores para a ligeira contração dos preços das casas dedicadas ao turismo residencial que se fez sentir em 2017. Mesmo com o esforço dos operadores em rever os preços para acomodar a perda de poder aquisitivo dos britânicos, acontece que muitas vezes estes imóveis são negociados diretamente em libras pois ambos os lados do mercado são oriundos do mercado do Reino Unido. Assim, as variações cambiais não são sentidas por estas partes, mas impactam na evolução dos preços em euros”, explica Ricardo Guimarães, diretor da Ci.
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