O preço das casas continuou a subir mesmo em tempos de pandemia, revelam os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE). E apesar das vendas terem caído a pique - muitas operações foram adiadas -, as previsões apontam para um balanço final de ano positivo, segundo as estimativas dos especialistas. A verdade é que o imobiliário não passou “impune” ao contexto provocado pela Covid-19, mas está a resistir e, para já, a fazer frente aos “investidores oportunistas” à espera de saldos.
Paulo Sarmento, diretor de mercados de capitais da Cushman & Wakefield, garante que o mercado português continuou a atrair “investidores de grande prestígio internacional". Citado pelo Jornal de Negócios, o responsável admite, porém, a existência de “investidores oportunistas a acompanhar de perto o nosso mercado, à espera de vendas forçadas pela parte de proprietários em dificuldade – sobretudo no setor hoteleiro”. Ainda assim, o especialista acredita que as moratórias de rendas e de empréstimos bancários devem permitir que os proprietários resistam a baixar preços.
E mesmo num cenário de incerteza, tudo aponta para um balanço final de ano positivo. “Atualmente, a previsão de investimento no imobiliário de rendimento é de 2.700 milhões de euros e pode vir a pôr 2020 no terceiro ano de maior investimento que alguma vez já observámos neste segmento, suportado por uma mão-cheia de transações de grande dimensão. Felizmente, estamos a atingir valores de investimento superiores aos verificados nas anteriores crises financeiras”, acrescenta ainda Nuno Nunes, diretor de mercados de capitais da CBRE, citado pela publicação.
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