Era uma vez uma casa devoluta, junto ao mar na Ilha da Armona, que agora é uma residência de luxo...

A pandemia veio mostrar que o mercado imobiliário é muito mais amplo e cheio de oportunidades do que se poderia pensar. A procura de casa alargou-se para fora dos centros das cidades, para o campo ou junto ao mar, ao mesmo tempo que o leque de oferta residencial tem-se revelado cada vez mais amplo, com novos conceitos. Na Ilha da Armona, em pleno Parque Natural da Ria Formosa (Olhão, Algarve), nasceu uma espécie de cabana de luxo com vista para o mar, que é exemplo disto mesmo.

Num local onde existia uma moradia devoluta, existe agora o Living Armona 457, “um produto colecionável e único”, que é o primeiro de quatro projetos residenciais que visa aliar localizações sublimes, em primeira linha de mar, ao conforto de uma casa de luxo. 

"A ideia foi a de reinventar um ‘beach shack’ menos humilde/mais sofisticado capaz de proporcionar uma boa área exterior, um dos quartos em mezzanine com vistas interruptas para o mar e de substituir o tradicional jardim pela areia. E resultou. O grande fator distintivo é a qualidade de construção. A escolha da tecnologia Thermowood® é vitalícia pelo que não requer qualquer manutenção. Permite que esta madeira importada faça o contraste ao lado das típicas casinhas brancas de piso térreo, para envelhecer naturalmente ao sabor do tempo numa união perfeita entre o espaço envolvente e o edifico", conta Patrícia Barão, Head of Residential JLL, ao idealista/news.

A casa, com 117 metros quadrados (m2) de área útil e com três quartos, está disponível para venda com a JLL e para arrendamento em regime de Alojamento Local (AL), revela Patrícia Barão, salientando que “após um período experimental” recebeu os primeiros hóspedes no verão. “O valor médio é de 500 euros por noite. Além dos mercados tradicionais português e inglês existe uma procura crescente de clientes franceses e belgas, com muita curiosidade, também, por parte de norte-americanos e brasileiros”, diz.

Mas o que distingue, afinal, o projeto Living Armona 457? Trata-se de “uma moradia irrepetível, singular, construída com os melhores materiais e equipamentos disponíveis no mercado para providenciar uma experiência superior aos resorts de luxo”, refere a responsável. “É um produto colecionável e único, por isso os promotores não pretendem a massificação deste conceito, também pela impossibilidade de encontrar localizações semelhantes”, acrescenta.

Além do mais, este projeto tem o cunho nacional, sendo que são locais tanto os promotores, como a empresa responsável pelas obras de reabilitação, que decorreram este ano, em plena pandemia da Covid-19: começaram em abril e terminaram em junho. 

Francisco Rivotti

Mantendo em segredo, para já, a identidade dos promotores responsáveis pelo empreendimento, Patrícia Barão refere que é uma empresa portuguesa local dedicada “às moradias contemporâneas em Vale do Lobo e na Quinta Do Lago”. “Em breve irão lançar um edifício na Baixa de Lisboa, perto do Terreiro do Paço. Nesse mesmo lançamento daremos a conhecer mais detalhes”.

Sobre o investimento necessário para fazer nascer o projeto Living Armona 457, a especialista no segmento residencial comenta que “foram altos, tendo em conta o respeito pelas regras e limitações à edificação em zonas protegidas e também pela coordenação dos trabalhos, visto que o imóvel se situa numa ilha”.

“Quem já visitou o imóvel quer voltar, não o esquece”

A execução do projeto Living Armona 457 esteve a cargo da “Lux Projects, uma empresa local que já assinou renovações importantes, como por exemplo o icónico Sky Bar – Hotel Tivoli –, na Avenida da Liberdade, em Lisboa”, adianta a responsável, sublinhando que “quem já visitou o imóvel quer voltar, não o esquece, tal como a Ilha da Armona”. 

Uma das tendências que se verifica atualmente no mercado residencial, devido à pandemia da Covid-19, é a de haver mais pessoas a procurar casa fora das grandes cidades. Para a Head of Residential JLL, “a pandemia foi a pausa necessária ao ritmo de algumas pessoas e trouxe tempo para repensar as prioridades, a família, os fins de semana, as férias”. “Com o advento do trabalho remoto, esse sim o novo normal e a grande tendência, sobra mais tempo para olhar o mar, pisar a areia, desfrutar de bom um terraço… Por isso era expectável o aumento do interesse nestes ativos imobiliários de norte a sul do país”, conclui. 

Francisco Rivotti