Rendas das casas subiram 5,5% face ao primeiro trimestre de 2020 para uma média de 5,80 euros por m2 Já em Lisboa e Porto os valores caíram.
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Número de novos arrendamentos caiu 6,5% no arranque do ano
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No primeiro trimestre de 2021, o valor das rendas aumentou 5,5%, em termos homólogos, acelerando face à subida (3,8%) do trimestre anterior, segundo os dados divulgados esta terça-feira, dia 29 de junho de 2021, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Ainda assim, o número de novos contratos de arrendamento caiu 6,5%: entre janeiro e março foram celebrados 19.472 novos contratos de arrendamento em Portugal, um número inferior aos 20.830 do período homólogo.

Os dados provisórios do INE indicam que a renda mediana dos 19.472 de novos contratos de arrendamento em Portugal atingiu 5,80 euros por metro quadrado (euros/m2), aumentando 5,5% face ao período homólogo de 2020. Relativamente ao quarto trimestre do ano passado, a renda mediana do primeiro trimestre deste ano aumentou 0,5%.

Rendas caem em Lisboa, Porto e Almada

Na mesma publicação, o INE refere que a variação homóloga das rendas não foi uniforme. Apenas em quatro municípios se registaram variações homólogas positivas da renda mediana e superiores à variação nacional: Gondomar (+12%), Guimarães (+9,8%), Loures (+7,6%) e Santa Maria da Feira (+8,3%) - neste último caso num contexto em que se reduziram “substancialmente” o número de novos arrendamentos.

Verificou-se um aumento do número de novos contratos de arrendamento, face ao período homólogo, em Barcelos (+13,4%), Vila Nova de Famalicão (+8,3%), Almada (+4,5%), Porto (+3,4%), Lisboa (+3,1%) e Braga (+2,0%).

Nas áreas metropolitanas destacaram-se com valores de novos contratos de arrendamento mais elevados e simultaneamente com diminuição homóloga das rendas medianas, os municípios de Lisboa (-9,2%), Porto (-6,7%), Oeiras (-6,2%), Odivelas (-3,1%) e Almada (-1,1%). Em sentido inverso, com aumento dos valores de rendas, o INE destaca Cascais (+0,7%), adiantando que a Amadora registou uma taxa nula.

Evolução rendas nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto na pandemia

O INE destaca ainda que, em 2020, as duas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto concentraram 50% do mercado de arrendamento, 33% a AML e 17% a AMP. Segundo o gabinete de estatísticas, a AML apresenta, no período anterior à pandemia Covid-19, níveis de crescimento "sucessivamente maiores" que os verificados na AMP, com exceção do 1º trimestre 2019, sendo o ritmo de crescimento dos valores de arrendamento na Área Metropolitana de Lisboa particularmente intenso entre o 2º trimestre de 2018 e o 4º trimestre de 2018.

A desaceleração do crescimento dos valores de arrendamento após o 2º trimestre de 2019, até ao início da pandemia, é também mais evidente na AML, acentuando-se “abruptamente” nas duas áreas metropolitanas no 2º trimestre de 2020, com o início da pandemia. A partir do 4º trimestre de 2020, o nível de crescimento dos valores de arrendamento na AML passou a ser inferior ao verificado na AMP.

Ao mesmo tempo, no 1º trimestre de 2021 (dados provisórios), a taxa de variação homóloga nas duas áreas metropolitanas passou a ser “claramente” inferior à verificada no país.

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