
A Coslos tem em início de construção um novo projeto residencial, constituído por 60 apartamentos e sete frações destinadas a comércio ou serviços, localizado entre a rua 5 de Outubro e a Moreira de Sá, no Porto. O novo empreendimento vai ocupar o espaço de oito moradias antigas, construídas nas décadas de 20 e 30 do século passado, que se encontravam devolutas e abandonadas há mais de duas décadas.
De acordo com Manuel Ferreira, sócio da Coslos, o empreendimento terá duas fases de construção, mas a conclusão está prevista para acontecer em simultâneo. Ou seja, “dentro de cerca de quatro anos, período médio de construção dos empreendimentos por parte da Coslos”, segundo diz o promotor.
O empreendimento tem projeto de arquitetura de Bruno Ferreira, que alerta para as “características marcantes do edifício, onde se destaca a monumentalidade da fachada, pensada para um local que é uma das principais entradas da cidade do Porto”.

Processo de licenciamento demorado
Embora tenha chegado a ser defendido que este conjunto de casas em banda devolutas deveriam ser reabilitadas ou mesmo classificadas como imóveis de interesse público, a verdade é que o seu avançado estado de degradação e o montante elevado de investimento que tal projeto acarretaria - que implicaria um preço final das moradias a reconstruir muito elevado – permitiu que a autarquia aprovasse o licenciamento do atual empreendimento.
Contudo, o processo de licenciamento foi demorado, sendo que o primeiro PIP (Pedido de Informação Prévia), apresentado pelo promotor, aconteceu há mais de uma década.
De acordo com a notícia do Jornal de Notícias, “o município do Porto conseguiu salvaguardar alguns painéis de azulejos que se encontravam nos frisos e reconhecidos como provenientes da conhecida Fábrica de Sacavém”.
Esta intervenção feita pela Coslos, a pedido a autarquia, permitiu retirar “quase todos os painéis de azulejos que se encontravam intatos”, que, de acordo com Manuel Ferreira, foram transportados pela empresa para o departamento municipal”.
Sobre a construção original das casas sabe-se que nas primeiras quatro foi pedida a licença de construção em 1922 e as restantes quatro em 1930, em tudo semelhantes às primeiras. O projeto de arquitetura foi de Inácio Pereira de Sá.
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