
A procura de casas nos Alpes franceses por parte de investidores portugueses ou estrangeiros a residir em Portugal está a crescer e tende a aumentar nos próximos tempos. Esta é a visão da consultora imobiliária Athena Advisers, que realizou esta terça-feira (22 de março de 2022) um evento em Lisboa destinado a promover o destino e a captar o interesse dos investidores. Entre os atrativos estão, por exemplo, incentivos fiscais.
De acordo com a Athena Advisers, que diz ser a única consultora imobiliária em Portugal a intermediar negócios nos Alpes franceses, a procura de casa nesta região por parte de investidores portugueses ou de estrangeiros residentes em território nacional deverá registar um crescimento de 10% ao ano.
David Moura-George, diretor da Athena Advisers em Portugal, considera que “a dinâmica de fazer esqui” está a atrair cada vez mais portugueses, tendo essa paixão “crescido muito ao longo dos anos”. Em declarações à margem do evento, o responsável adianta que “como investimento começa a fazer sentido” apostar numa segunda habitação nos Alpes franceses.

Paralelamente, revela, é um investimento que tem benefícios associados que em Portugal são desconhecidos, como por exemplo facilidades na concessão de crédito com baixas taxas de juro, comparativamente com as praticadas no país, e a devolução do IVA – através do arrendamento de propriedades recém-construídas é possível recuperar o IVA sob determinadas condições, entre as quais a oferta de serviços durante a estadia.
Quando questionado sobre se já recebeu manifestações de interesse por parte de portugueses ou estrangeiros residentes no país, responde de forma clara: “Temos dois ou três clientes que estão interessados. Se a Athena fizer duas ou três vendas por ano em Portugal será um sucesso. O nosso objetivo é esse, vender dois ou três chalés por ano em Portugal”.
Investir nos Alpes franceses tem rentabilidade garantida
Entretanto, citado em comunicado, David Moura-George afirma que quem compra uma casa nos Alpes franceses está a investir, além de uma habitação de férias, “num imóvel com um enorme potencial de rentabilização, através do arrendamento turístico, e de valorização, uma vez que, por condicionantes naturais, a construção nos Alpes franceses é limitada e, como tal, os preços tendem a aumentar”.
Segundo a Athena Advisers, no período pré-Covid-19, o turismo de inverno movimentava, por ano, cerca de 70 mil milhões de euros a nível global. Na época passada – de outubro de 2020 a setembro de 2021 –, o volume de vendas da empresa nos Alpes franceses atingiu cerca de 100 milhões de euros, o que representa um aumento de 131% face à atividade da época anterior (de outubro de 2019 a setembro de 2020) e de 72% em relação ao período pré-pandemia.
A consultora revela, de resto, que o ano de 2021 foi o melhor de sempre desde que opera nos Alpes franceses, há 19 anos, tendo a pandemia contribuído para os bons resultados, com os compradores/investidores a olharem este destino como um verdadeiro refúgio.

Quando custa uma casa nos Alpes franceses?
A Athena Advisers revela que, entre outubro de 2020 e setembro de 2021, o preço médio de venda por unidade no mercado dos Alpes franceses foi de 1,43 milhões de euros, sendo que o valor das propriedades que a consultora tem disponíveis – entre chalés e apartamentos – varia entre cerca de 400.000 euros e 10 milhões de euros.
O valor dos imóveis pode ter uma variação significativa de resort para resort e dentro da própria estância, podendo ir dos 6.000 euros aos 8.000 euros por m2, em Combloux, e dos 19.000 euros aos 30.000 euros por m2, em Val d'Isère, uma das estâncias de esqui mais apreciadas pelos portugueses, adianta.
De referir que a Athena Advisers opera, por exemplo, nas seguintes regiões e estâncias:
- Three Valleys (Méribel, Courchevel, Saint-Martin-de-Belleville);
- Portes du Soleil (Les Gets, Chatel, Morzine);
- Espace Killy (Val d'Isère, Tignes);
- Evasion Mont Blanc (Chamonix, Combloux, Mégève)
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