
A Câmara Municipal de Cascais pretende investir 162 milhões de euros para implementar até 2026 a Estratégia Local de Habitação (ELH), que será homologada esta terça-feira, 15 de novembro, permitindo apoiar cerca de 7500 pessoas. Numa primeira fase, o investimento prevê a construção de 800 novos fogos em terrenos municipais.
A homologação da ELH de Cascais vai permitir que o município se candidate ao 1.º Direito, programa do Instituto de Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), e a fundos do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), estando previsto uma comparticipação de cerca de 59 milhões de euros, segundo explicou à agência Lusa o presidente da autarquia, Carlos Carreiras. A ELH tinha sido aprovada pela Câmara Municipal de Cascais, por unanimidade, em janeiro deste ano, tendo identificado 4085 famílias com necessidades de realojamento no concelho.
"Só agora vai ser homologada por parte do Governo e do IHRU. Desde então, nós o que temos estado a fazer é a adquirir terrenos. Vamos adquirir agora um terreno grande. Isso vai permitir ampliar os próprios números no futuro da parte habitacional", sublinhou o autarca social-democrata.
Segundo explicou Carlos Carreiras, a implementação da Estratégia Municipal de Habitação em Cascais vai permitir "criar núcleos habitacionais a custos acessíveis (jovens e classe média) em todas as freguesias do concelho, promovendo, numa primeira fase, a construção de 800 novos fogos em terrenos municipais, representando um acréscimo em 30% da dimensão atual do parque habitacional municipal".
"Cascais é hoje um dos concelhos que mais habitação pública tem (cerca de 2500 fogos), mas estamos a falar de cerca de 4% da habitação total. Com o que vamos fazer vamos acrescentar mais 2%. E, com o que estamos a pensar, ao comprar terrenos ainda para fazer, chegaremos a 7,5%, o que ainda é manifestamente baixo comparativamente com outros países europeus", apontou.
O ELH de Cascais prevê a disponibilização de mais 2869 casas, que resulta na reabilitação de 1960 fogos e a construção dos restantes, após a compra dos terrenos.
Segundo explica o município, a reabilitação do parque habitacional prevê o "melhoramento das fachadas dos prédios, com a aplicação de isolamento térmico, a alteração dos vãos envidraçados para novos vãos com corte térmico, a substituição das colunas de abastecimento de água nas áreas comuns, a requalificação de iluminação das áreas comuns, através da implementação de luz LED e de sensor, a instalação de painéis fotovoltaicos para produção de energia para as áreas comuns e a reabilitação ou substituição de coberturas".
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