Em Coimbra, 35% das casas são vendidas em menos de 7 dias, revela idealista. Já na Guarda nenhuma casa foi vendida tão rápido.
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Vender a casa rápido
Foto de Andrea Piacquadio no Pexels

Apesar da alta inflação e da subida dos juros no crédito habitação, a procura de casas para comprar em Portugal continua a ser muito superior à oferta existente. E isso reflete-se no tempo que as casas para venda estão no mercado: cerca de 21% das casas compradas em dezembro estiveram anunciadas menos de uma semana. Já 15% esteve no mercado entre duas semanas e um mês, 21% entre um e três meses, 34% entre três meses e um ano e 9% mais de um ano, mostra um estudo publicado pelo idealista, o Marketplace imobiliário do sul da Europa.

Analisando as “vendas expresso” de casas - ou seja, imóveis residenciais que se vendem em menos de uma semana, tendo em conta o tempo de permanência dos anúncios - por capitais de distrito, é em Coimbra que encontramos uma maior percentagem, 35% das casas são vendidas nesse período. Seguem-se Vila Real (27%), Évora (27%), Porto (23%) e Funchal (21%). Abaixo da média nacional, encontram-se Aveiro (19%), Setúbal (18%), Braga (18%), Leiria (18%), Faro (16%), Viana do Castelo (12%), Lisboa (12%), Beja (12%), Santarém (11%), Viseu (10%) e Castelo Branco (8%).

As capitais de distrito onde se registaram menos “vendas expresso” de casas foram Ponta Delgada, Portalegre e Bragança, onde apenas 7% das transações se realizaram em menos de sete dias em dezembro. Já na Guarda, nenhuma casa foi vendida nesse período.

Cerca de 29% das casas no distrito do Porto são vendidas em menos de uma semana

Em relação aos distritos, o mercado comporta-se de outra forma. Foi no distrito do Porto (29%) onde mais casas foram vendidas em menos de uma semana durante o mês de dezembro do ano passado. Seguem-se a ilha de Santa Maria (20%), ilha da Madeira (19%), Coimbra (18%), Aveiro (18%), Setúbal (17%), Lisboa (14%), Guarda (14%), Faro (14%), Braga (14%), Santarém (14%), Évora (13%), Leiria (12%), Vila Real (12%), Castelo Branco (11%) e Bragança (10%).

Por outro lado, é em Portalegre onde esta percentagem de vendas rápidas de casas é menor – de apenas 5% Seguem-se Beja (7%), Viana do Castelo (9%) e Viseu (9%).

*Notícia atualizada dia 17 de janeiro, às 13h00, com a correção do arredondamento às décimas da percentagem de casas em Portugal que esteve no mercado entre três meses e um ano.

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3 Comentários:

Colin and Hakim
17 Janeiro 2023, 13:09

This type of behavior is the final throw of a boom and bang market. Delusional.

anderson ludovico tavares
17 Janeiro 2023, 13:11

Interessante e preocupante essa noticia. Pois estou analisando o mercado de 3 distritos diferentes e todas as casas que analisei, continuam a venda. Algumas foram "VENDIDAS, porém voltaram para o mercado com preço diferente. Alias, ressalto que muitas moradias estão com valores acima do que valem. Tanto que após alguns meses essa sofrem um desconto e acabam por chegarem próximas ao valor real. E por fim, a variedade e quantidade de casas a venda está fora do normal. Muitos estão aproveitando para vender suas casas antes de uma possivel recessão ou de um estouro da bolha e outros estão sufocados com as altas da taxa de juros que precisam vender para comprar algo menor e fora dos grandes centros.

lebotanique
17 Janeiro 2023, 17:21

Caro idealista, já ninguém compra a vossa retórica. Mas valeu o esforço. Mais de 10 anos a bombar na especulação, estamos agora no estertor final de um mercado imobiliário que é uma farsa. Quem anda efectivamente à procura de casa sabe bem que o pânico já se instalou. Mas continuem a colocar notícias positivas e fantasiosas, a prever baixas de juro em Julho (HAHA!), acompanhadas de imagens de bancos de imagem genéricos com idiotas em poses.

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