"É um apoio para os residentes com rendimentos desde o salário mínimo até 2.500 euros, se for uma pessoa", diz Filipa Roseta.
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Apoios ao mercado de arrendamento em Lisboa
Foto de Edgar Serrano na Unsplash

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) tem em vigor um programa no qual ajuda as pessoas a pagar a renda da casa. Em causa está um apoio aos inquilinos de um terço da renda. Apoio esse que é destinado a famílias que estejam em dificuldades para conseguir fazer face ao aumento da taxa de inflação. Os interessados podem candidatar-se até final de fevereiro, revelou Filipa Roseta, vereadora da Habitação e Obras Municipais da autarquia.

“É muito importante que as pessoas saibam isto. Vão por favor à plataforma Habitar Lisboa, ver quais são as condições, porque a CML paga um terço da renda, em determinados tetos de renda e rendimentos. É um apoio para todos os residentes com rendimentos desde o salário mínimo até 2.500 euros, se for uma pessoa, e até 3.000 se forem duas. A medida pode chegar a muita população da nossa cidade”, disse a vereadora esta sexta-feira (27 de janeiro de 2023) no programa “Em Nome da Lei”, da Rádio Renascença.

O programa em causa, segundo se pode constatar na plataforma Habitar Lisboa, diz respeito ao concurso nº3 do Subsídio Municipal ao Arrendamento Acessível (SMAA), que estava previsto terminar, o prazo de candidaturas, dia 15 de fevereiro, mas foi prorrogado para dia 28 de fevereiro. As condições de acesso podem ser consultadas neste link.

Um dos temas do momento no segmento residencial em Lisboa e em Portugal está relacionado com a possibilidade de proibição de venda de casas a estrangeiros não residentes. Trata-se de uma medida que foi proposta pelo BE e que já foi implementada noutros países, como por exemplo no Canadá. Sobre este assunto, Filipa Roseta considera ser importante olhar para os números que existem antes de se tomarem quaisquer medidas, até porque a situação em Portugal é muito diferente, por exemplo, da do Canadá.

"Em Lisboa temos mais casas que famílias. O problema que temos de abordar é como colocar no mercado as casas vazias"
Filipa Roseta, vereadora da Habitação e Obra Municipais da autarquia.

“Lisboa tem seis milhões de casas para quatro milhões de famílias. O Canadá tem 15 milhões de casas para 15 milhões de famílias. O Canadá está numa situação de emergência, tem falta de recursos, um problema completamente diferente do de Lisboa. Aqui o que temos é um problema de falta de planeamento. Em Lisboa temos mais casas que famílias. O problema que temos de abordar é como colocar no mercado as casas vazias”, referiu, citada pela publicação. 

A vereadora adiantou, ainda, que “até ao final do ano o município espera colocar no mercado metade" das duas mil casas vazias que são propriedade da autarquia. 

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