A regra de ouro para saber se o preço de venda da casa está certo

Na hora de vender a casa, saber estabelecer o preço adequado para colocá-la no mercado é uma das dúvidas mais comuns. Jesús Duque, vice-presidente da Alfa Inmobiliaria, confirma que a maior preocupação dos proprietários é saber se o preço definido foi o correto. E deixa algumas recomendações.

A pensar nisso, a rede imobiliária preparou uma análise interna com um conjunto de dados recolhidos nos diferentes mercados urbanos em que opera, na qual determinou que a chave é que pelo menos sete potenciais compradores solicitem a visita ao imóvel na primeira semana do seu anúncio. Caso isso ocorra, é provável que preço seja adequado em relação à procura do mercado.

O chamado indicador "Sete por sete" tem vários dados e estatísticas para apoiá-lo, pois baseia-se na análise de quase 3.000 anúncios de habitação em 24 cidades espanholas. Os dados revelam que "imóveis que geram sete ou mais pedidos de visita em sete dias vendem-se mais rapidamente" e com um preço mais ajustado ao valor de mercado, segundo Duque.

Não por acaso, 78% desses imóveis são vendidos em até três meses. Se esse indicador não for atendido, o percentual cai para 45%. Neste último caso, as vendas costumam atrasar-se em até seis meses.

Foto de Mikhail Nilov no Pexels

Vender casa: 7 recomendações fundamentais

Para que os potenciais vendedores consigam definir corretamente o preço de uma casa, a Alfa Inmobiliaria fez uma lista de sete recomendações que podem facilitar a tomada de decisão.

1. Realizar um estudo de mercado, que vai ajudar-te a conhecer as tendências da zona para imóveis comparáveis, além de ter aspetos objetivos como a orientação, altura ou condição do imóvel.
2. Escolher fotos de maior alta qualidade e descrever a propriedade em detalhe, sempre destacando as características mais marcantes da casa, como se tem um pátio ou terraço. Devemos também enfatizar quaisquer características que a tornem diferente das demais, o que pode justificar um preço de venda mais alto.
3. Não deves deixar levar-te pelo valor sentimental, que pode fazer com que sobrevalorizes o imóvel e, portanto, inflaciones o preço. Os dados que nos levam a definir o custo da habitação devem ser objetivos e não sentimentais.
4. Caso vejas que o imóvel não recebe ofertas ou visitas, deves considerar rever e ajustar o preço. 
5. A procura do mercado também pode variar, por isso o estado atual do setor deve ser avaliado e levado em conta na hora de definir um preço, pois isso influencia diretamente no custo que o imóvel pode atingir.
6. Mesmo que definas um custo inicial, não podes fechar-te à negociação em nenhuma circunstância. A flexibilidade é vital para poder vender uma casa, porque os compradores muitas vezes esperam por uma margem para fazer outras ofertas e contraofertas.
7. É aconselhável consultar um consultor de imóveis, pois a sua experiência na zona em que o imóvel está localizado pode ser uma informação importante para orientar-te. Além disso, também pode ajudar-te a entender o mercado e, assim, definir um preço lógico e realista.