
A Associação dos Inquilinos Lisbonenses (AIL) irá apresentar um conjunto de 30 propostas ao novo Governo e Parlamento, defendendo medidas urgentes para travar a crise na habitação. Entre elas, destaca-se a criação de uma Plataforma Nacional de Registo do Arrendamento, semelhante à existente para o Alojamento Local, e a constituição de uma Autoridade Fiscalizadora do Arrendamento.
Pedro Ventura, presidente da AIL, citado pelo Jornal de Negócios, que avança a notícia, sublinha a necessidade de “um padrão de controlo de rendas”, reforçando críticas já feitas pela Comissão Europeia ao mercado português, com preços excessivos e oferta insuficiente. Outra proposta relevante passa pela criação de seguros de renda e multirriscos — o primeiro da responsabilidade do senhorio, o segundo obrigatório para o inquilino — como forma de reduzir exigências como cauções e fiadores.
No plano fiscal, a AIL propõe uma tributação progressiva sobre rendimentos prediais, deduções acrescidas para inquilinos e eliminação de benefícios injustificados a investidores estrangeiros e fundos imobiliários. Defende ainda a aplicação do IVA reduzido (6%) a obras de reabilitação de imóveis destinados a arrendamento permanente.
Apesar de reconhecer medidas positivas tomadas pela secretária de Estado da Habitação, Patrícia Gonçalves Costa, como a proteção dos contratos com rendas antigas, Ventura critica a garantia pública à compra de habitação por jovens, “que beneficia os que já têm mais recursos financeiros e acaba por retirar casas do mercado”.
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