
O valor dos imóveis do mercado residencial de luxo continuou a crescer, a nível mundial, durante o primeiro semestre de 2025. Em 30 cidades monitorizadas num relatório recente da Savills, o valor médio destes imóveis prime aumentou 0,7%, com Lisboa a chegar aos 2,4%. Já as rendas cresceram, em média, 2%, no conjunto das 30 cidades.
Os resultados do “World Cities Prime Residential Index” mostram que as rendas tiveram um crescimento superior ao dos valores das casas de luxo à venda, o que reflete uma maior preferência dos investidores por ativos que geram rendimento. No que respeita a Lisboa, a capital portuguesa foi a 8ª cidade que mais cresceu no que respeita ao valor dos imóveis do mercado residencial de luxo nos primeiros seis meses do ano, com uma previsão de crescimento entre 4% a 5,9% para o segundo semestre.
A cidade de Tóquio, no Japão, é quem lidera o índice de valorização destes imóveis, registando um aumento de 8,8%. Este crescimento pode ser explicado pela escassez crónica de oferta e pela persistente procura, prevendo-se que continue a crescer entre 6% a 7,9% no último semestre de 2025.
Mas se nos concentrarmos na Europa, apenas três cidades europeias ficam à frente de Lisboa no que toca à valorização dos imóveis residenciais prime:
- Berlim (7,2%);
- Amesterdão (3,6%);
- Genebra (2,7%).
“Apesar de uma desaceleração face ao crescimento de 2,2% em 2024, os valores dos imóveis mantêm-se positivos, com 60% das cidades a registar ganhos no primeiro semestre de 2025”, revela, em comunicado, Kelcie Sellers, Associate Director, Savills World Research.
Já Rita Bueri, Head of Residential Lisboa da Savills Portugal, comenta o crescimento dos valores dos imóveis de luxo em Lisboa com o facto de cidade se manter “como um dos mercados residenciais prime mais atrativos da Europa, combinando qualidade de vida, segurança e um estilo de vida único que continua a seduzir compradores nacionais e internacionais”. A responsável acrescenta que “a forte procura, aliada à escassez de produto neste segmento, tem sustentado a valorização dos preços, que agora evoluem de forma mais equilibrada após os aumentos muito expressivos dos últimos anos”.
“Este ajustamento é saudável e contribui para a maturidade do mercado. Acreditamos que a procura por imóveis prime em Lisboa se manterá robusta, alimentada por compradores cada vez mais exigentes e por um interesse internacional que coloca a cidade no radar dos destinos de referência a nível global”, conclui Rita Bueri.
Relativamente às previsões para o segundo semestre de 2025, a Savills antevê um crescimento médio de 1,7%, destacando a Cidade do Cabo, Seul, Tóquio e Singapura, que têm crescimentos estimados entre os 6% e os 7,9%.
Rendas nos imóveis de luxo em Lisboa continuam a crescer
A maioria dos mercados analisados no relatório da Savills registou aumentos no que respeita a rendas prime. A cidade japonesa de Tóquio teve um crescimento de 7,8% no primeiro semestre do ano e de 13,5% em termos anuais. Neste mercado de rendas, destaca-se também a Cidade do Cabo, com um aumento de 6,5%, que se justifica pela falta de imóveis para arrendar e pela estabilidade do mercado depois das eleições de 2024.
No mercado europeu, Lisboa, com um crescimento de 1,3%, apenas cresceu menos do que Berlim (6,3%), Amesterdão (2,6) e Roma (1,4%), mas ficou à frente de cidades como Barcelona, Londres, Madrid, Milão e Genebra. Já no que toca ao mercado chinês, a maioria das cidades registaram ligeiras quebras nos valores das rendas, o que se explica pela oferta elevada em contraste com a fraca procura.
Kelcie Sellers afirma que, para o resto do ano de 2025, está previsto “um crescimento médio das rendas na ordem dos 1%” nas cidades monitoradas, “refletindo um sentimento global de positividade cautelosa”.
Crescimento e previsão dos valores dos imóveis prime
Cidade | Crescimento do valor – 1º semestre de 2025 | Previsão de crescimento – 2º semestre de 2025 |
Tokyo | 8.8% | +6% to 7.9% |
Berlin | 7.2% | 0.0% |
Dubai | 5.7% | +4% to 5.9% |
Seoul | 5.1% | +6% to 7.9% |
Amsterdam | 3.6% | +2% to 3.9% |
Cape Town | 3.2% | +6% to 7.9% |
Geneva | 2.7% | 0.0% |
Lisbon | 2.4% | +4% to 5.9% |
Sydney | 1.8% | +4% to 5.9% |
New York | 1.2% | -1.9% to 0% |
Madrid | 0.9% | +2% to 3.9% |
Athens | 0.8% | 0% to 1.9% |
Kuala Lumpur | 0.6% | 0% to 1.9% |
Barcelona | 0.5% | +2% to 3.9% |
Rome | 0.5% | 0% to 1.9% |
Mumbai | 0.4% | +2% to 3.9% |
Singapore | 0.2% | 0% to 1.9% |
Milan | 0.0% | 0% to 1.9% |
Beijing | -0.5% | 0.0% |
San Francisco | -0.6% | -1.9% to 0% |
Paris | -0.7% | 0.0% |
Hangzhou | -0.7% | 0% to 1.9% |
Shanghai | -1.5% | 0% to 1.9% |
London | -1.6% | -3.9% to -2% |
Shenzhen | -1.7% | -1.9% to 0% |
Bangkok | -2.3% | 0% to 1.9% |
Miami | -3.0% | -1.9% to 0% |
Los Angeles | -3.1% | -1.9% to 0% |
Hong Kong | -3.5% | 0.0% |
Guangzhou | -4.3% | -3.9% to -2% |
Crescimento do valor das rendas de luxo

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