Novas habitações destinam-se a famílias retiradas da Fajã das Galinhas após o incêndio de agosto de 2024.
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Câmara de Lobos
Diego Delso, CC BY-SA 4.0 Creative commons
Lusa
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A Câmara Municipal de Câmara de Lobos, na Madeira, adjudicou a construção de 32 frações habitacionais, no valor de 8,2 milhões de euros, para realojar as famílias retiradas da Fajã das Galinhas na sequência do incêndio em 2024.

A deliberação foi tomada em reunião do executivo camarário, liderado pela social-democrata Sónia Pereira.

Em comunicado, a autarquia explica que as novas habitações serão construídas no sítio do Castelejo, na freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, nas zonas altas do concelho, relativamente perto da Fajã das Galinhas, sendo 18 fogos de tipologia T2, dez fogos de tipologia T3 e quatro fogos de tipologia T4.

O valor global da obra é superior a 8,2 milhões de euros e o projeto conta com apoio do Instituto de Desenvolvimento Regional (IDR).

“Em paralelo, o município tem já em fase de construção 23 novas habitações no Estreito de Câmara de Lobos, no Sítio da Igreja, num investimento superior a 6,7 milhões de euros, financiado pelo PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), no âmbito da Estratégia Local de Habitação (ELH)”, informa a autarquia, indicando que este projeto integra cinco fogos T2 e 18 fogos T3, com entrega prevista para o final de 2026.

A ELH de Câmara de Lobos, aprovada em 2021, identificou cerca de 374 agregados familiares em situação de vulnerabilidade habitacional urgente, incluindo as famílias da Fajã das Galinhas, que foram retiradas do sítio na sequência do incêndio de grandes dimensões que lavrou durante 13 dias consecutivos na ilha, entre 14 e 26 de agosto, nos concelhos da Ribeira Brava, Ponta do Sol, Câmara de Lobos e Santana.

Embora nenhuma casa da Fajã das Galinhas tenha sido afetada, as autoridades decidiram retirar os habitantes em 17 de agosto de 2024, devido às chamas que cercaram a zona e tornaram intransitável a única estrada de acesso, numa extensão de cerca de dois quilómetros ao longo de uma escarpa.

No total, foram retiradas 120 pessoas do sítio, mas os residentes permanentes eram 107 – 33 agregados familiares – e estão todos em situação de realojamento provisório, sendo que os restantes, na maioria emigrantes, se encontravam de férias na região na altura do incêndio.

O acesso à Fajã das Galinhas permanece encerrado, pois os estudos realizados pelo Serviço Municipal de Proteção Civil, o Governo Regional e o Laboratório Regional de Engenharia Civil indicam que a escarpa sobranceira à estrada se mantém “instável e sem segurança para a circulação de pessoas”.

Citada no comunicado, a presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, concelho contíguo ao Funchal a oeste, afirma que a adjudicação das 32 habitações é a resposta a uma “necessidade real e urgente”.

“É também um sinal claro de que criamos respostas concretas para melhorar as condições de vida de quem mais precisa”, sublinha.

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