
Depois de um crescimento de 3% nos primeiros três meses deste ano, o mercado global de arrendamento de luxo volta a registar uma recuperação sólida no segundo trimestre, com uma subida média anual de 3,5%.
De acordo com o relatório Prime Rental Index, que acompanha a evolução das rendas em 16 cidades-chave, Hong Kong lidera o crescimento global, com uma subida de 8,6% ao ano. Os resultados, divulgados pela Quintela + Penalva | Knight Frank, através do seu associado Knight Frank em Londres, revelam ainda que o crescimento em Tóquio ficou muito perto da líder Hong Kong, chegando aos 8,3%, enquanto Nova Iorque alcançou os 6,9%. Em contrapartida, Toronto registou uma queda de 3,5% face ao ano anterior, sendo mesmo o mercado mais fraco.
Em termos europeus, os mercados alemães de Berlim (4,9%) e Frankfurt (4,7%) e o mercado suíço de Zurique (4,4%) destacam-se pela resiliência. Já Londres, em Inglaterra, regista um crescimento mais contido, de apenas 1,5%.
Já no que se refere a crescimento acumulado nos últimos cinco anos, é Miami quem lidera, com uma subida de 61% no arrendamento de luxo, mercado que se está a aproximar de valores históricos, com uma tendência de crescimento médio de 4% ao ano.
Oferta segue inferior à procura
Impulsionada pelo regresso em força da imigração e pela escassez de nova construção, a procura continua a superar a oferta em praticamente todos os mercados. Em comunicado, Liam Bailey, Global Head of Research da Knight Frank, refere que “o mercado de arrendamento de luxo está a regressar a taxas de crescimento mais estáveis”, sublinhando que “apesar dos constrangimentos de acessibilidade, a procura continua robusta e, com a limitação de oferta, prevemos que o crescimento se mantenha em alta ao longo de 2025”.
Nova Iorque e Miami deverão manter os ganhos de um dígito médio, dada a procura local e internacional, enquanto Hong Kong e Tóquio podem enfrentar alguma moderação devido a fatores regulatórios específicos. Já na Europa, a baixa oferta em mercados como Londres e Berlim deverá sustentar o crescimento moderado.
Apesar de Portugal não estar mencionado no Prime Rental Index, Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela + Penalva | Knight Frank revela que a “procura de casas de alta qualidade para arrendar tem crescido”, ao mesmo tempo que tem também aumentado “o preço daquelas que estão disponíveis”.
O responsável acrescenta que, no que respeita a Lisboa e Porto, a questão “é a falta de oferta de produto de alta qualidade e o baixo investimento que os promotores imobiliários ainda fazem no que toca a construir para arrendar”.
“No entanto, acredito que vamos assistir num futuro muito próximo à construção de edifícios de qualidade destinados ao mercado de arrendamento”, conclui Francisco Quintela.
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