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A nova vida dos shoppings nos EUA: convertidos em igrejas, escolas ou centros médicos, há de tudo

São mais de 200 os projetos em curso para reformular os milhares de centros comerciais abandonados nos EUA. Transformados em igrejas, escolas, faculdades ou centros médicos os espaços comerciais votados ao esquecimento começam agora a ganhar uma nova vida, com uma reformulação total das suas infraestruturas.

Ellen Dunham-Jones, arquiteta e professora na universidade pública Georgia Tech, garante, citada pelo Observador, que existem cerca de 1200 centros comerciais de portas fechadas em solo norte-americano, sendo que um terço está “morto ou a morrer”. 

A professora que também é arquiteta contabiliza 211 espaços que estão a ser adaptados de uma maneira ou de outra. “Os centros comerciais estão a ser transformados em centros médicos, faculdades, escolas e igrejas”, diz.

Exemplo disso é o Highland Mall. Foi um dos primeiros centros suburbanos em Austin, no Texas, e abriu as portas em 1971 a ocupar uma área com mais de 30 hectares e com 1,2 milhões de metros quadrados de espaço interior e em 2010 quase todas as lojas estavam vazias, conta o jornal online.

É nesta fase que entra a Austin Community College que, insatisfeita com o mau ambiente que se estava a gerar em torno de um centro comercial praticamente abandonado, optou por investir nele: a faculdade comprou o shopping com a intenção de o transformar num campus universitário, com centro médico e culinário incluídos.

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Já o shopping Euclid Square em Ohio, que recorrentemente aparece em blogues que publicam imagens de centros abandonados, serve propósitos mais religiosos. Este, que continua vazio, aluga espaço a 24 congregações cristãs que não são capazes de financiar edifícios próprios.

A Vanderbilt University Medical Center fez algo semelhante ao apropriar-se do segundo piso do shopping 100 Oaks, situado em Nashville. Escreve a The Atlantic que o estacionamento é mais fácil e que, por vezes, os pacientes podem passear pelas lojas que ainda estão abertas enquanto esperam pela hora da consulta.

Os Estados Unidos têm o dobro de centros comerciais em área per capita, quando comparado com o resto do mundo, e seis vezes mais do na Europa. 

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