O mercado residencial no Reino Unido vive um boom após o pior momento da pandemia, mas marcado por mudanças nas preferências na compra de casas, principalmente em Londres, onde se procura mais espaço para viver. De acordo com a agência imobiliária Hamptons, os londrinos gastaram 55 milhões de libras, cerca de 65 milhões de euros, em mais de 112.000 propriedades fora da capital britânica.
O confinamento para combater a pandemia do coronavírus provocou uma reação na nova procura por moradias no Reino Unido, com uma clara preferência por casas maiores e com mais espaço dentro e fora de casa. E a oferta deste tipo de habitação está longe de ser a típica casa geminada de Londres, ou um apartamento no centro.
De acordo com a agência imobiliária Hamptons, os londrinos compraram aproximadamente 112.000 propriedades nos arredores de Londres em 2021. Os compradores gastaram um total de 55.000 milhões de libras por essas casas, segundo dados do HM Revenue & Customs.
Esse número de vendas de casas na capital é praticamente igual ao registado em 2007, durante o boom imobiliário no Reino Unido. A subida dos preços também significou maiores gastos por parte dos compradores, que em média compraram estas casas por mais de 450 mil libras, cerca de 530 mil euros ao câmbio atual. Mas, em vez de um apartamento no centro da cidade, procuram casas maiores com jardim.
A maioria das compras fora da Grande Londres permaneceram dentro da órbita da capital. Quase metade foi comprada no sudeste e um quarto no leste da Inglaterra. As cidades de Dartford, St Albans e Elmbridge foram algumas das mais destacadas.
“O aumento do número de operações fora da capital londrina tem sido particularmente evidente, dentro do aumento generalizado das transações em todo o país e, sobretudo, entre os cidadãos da cidade que procuram uma casa na periferia”, afirma o estudo.
O teletrabalho também tem sido outro fator que tem marcado tendência no mercado residencial, e parece que terá continuidade pelo menos no primeiro trimestre de 2022, devido à rápida disseminação da variante do ómicron no Reino Unido.
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