Imobiliário nórdico está a enfrentar uma forte desaceleração. A maior queda registada desde a última crise financeira global.
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preço das casas Suécia
Foto de Raphael Andres no Unsplash

O mercado imobiliário sueco, que foi um dos mais “quentes” durante a pandemia, está a atravessar uma crise. O preço das casas caiu 11,2% em setembro, face ao pico atingido em março, sendo esta a maior queda registada desde a última crise financeira global, segundo a Bloomberg. A explicar este arrefecimento está, entre vários fatores, a forte subida das taxas de juro.

O índice de preços da habitação na Suécia caiu pelo sexto mês consecutivo, recuando 2,8% em setembro em relação a agosto, segundo a Valueguard, citada pela agência de notícias. Os preços das moradias caíram 3,3% em setembro, enquanto os preços dos apartamentos caíram 1,9%. Na primeira quinzena de outubro, os preços dos apartamentos continuaram a cair em Estocolmo e Gotemburgo, a segunda maior cidade.

“A incerteza sobre o quão alto as taxas de juro subirão ao mesmo tempo em que há sinais claros de que a economia está a desacelerar, o que eventualmente também afetará o mercado de trabalho, está claramente a ter um efeito atenuante no sentimento dos potenciais compradores de casas”, diz a analista do Swedbank, Maria Wallin Fredholm, numa nota enviada aos clientes.

Já o presidente do Riksbank, Stefan Ingves, disse na passada semana numa audiência parlamentar que o banco central fará o que for necessário para trazer a inflação de volta à sua meta de 2%, mesmo que isso leve a “acidentes” no setor imobiliário.

Analisando os dados em termos ajustados sazonalmente, o mercado imobiliário em geral está pior do que durante a crise financeira global, segundo Gustav Helgesson, analista do Nordea Bank.

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