
O custo da habitação no Reino Unido sofreu, em julho, a maior queda desde 2009, devido em particular à pressão exercida pelo aumento do custo das hipotecas, segundo a imobiliária Nationwide. O preço das casas baixou quase 0,2% em termos mensais e 3,8% em termos homólogos, o que reduziu o custo médio de uma habitação no Reino Unido para 260.828 libras (303.524 euros). Paralelamente, grande parte das transações de imóveis de luxo (70%) são feitas em dinheiro, ou seja, a pronto pagamento.
Em junho, a variação mensal do preço das casas tinha sido nula, mas em termos homólogos já se tinha verificado uma baixa de 3,5%, escreve a Lusa, citando a Nationwide.
De acordo com o economista-chefe da mediadora imobiliária, Robert Gardner, esta quebra nos preços das casas deve-se às maiores dificuldades dos interessados em adquirir um imóvel através de crédito habitação, depois de o Banco da Inglaterra ter elevado a taxa de juro para 5,0%.
Apesar da política restritiva do banco central britânico, a inflação no Reino Unido é uma das mais elevadas das principais economias ocidentais, tendo apresentado uma taxa de 7,9% em junho.
Compra de casas de luxo em alta – e maioria a dinheiro
Entretanto, e segundo a consultora Savills, a compra de imóveis de luxo com dinheiro, ou seja, a pronto pagamento (sem recurso a financiamento bancário), está em alta em Londres, representando 70% do total das transações realizadas entre janeiro e maio deste ano. Trata-se de um aumento de 11 pontos percentuais face ao mesmo período de 2022.
Um cenário, de resto, que também se verifica nas operações realizadas nas zonas periféricas da capital britânica: as compras de imóveis de luxo com "dinheiro vivo" também aumentaram 35% face ao período homólogo.
*Com Lusa
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