O problema linguístico e a inflação elevada são apontados como as principais barreiras para estrangeiros.
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Tóquio
GTRES

O mercado de arrendamento do Japão quer tornar-se mais atrativo para os estrangeiros, segundo novas medidas anunciadas pelo primeiro-ministro Fumio Kishida. Essas iniciativas incluem a criação de zonas comerciais especiais que permitirão que os processos administrativos sejam concluídos em inglês.

É justamente o problema do idioma que é uma das principais barreiras que os estrangeiros têm que enfrentar ao procurar uma casa no mercado de arrendamento. Isso complica a situação num país que muitas vezes tem fotos e vídeos limitados nos seus anúncios. 

Mais de 3,2 milhões de residentes estrangeiros

Com o número de estrangeiros a decidir fazer do Japão a sua nova casa, especialmente após o fim das restrições da pandemia, o número de residentes não japoneses chegou a 3,2 milhões de pessoas no final de junho, sendo a maioria residentes permanentes.

O preço médio do arrendamento já subiu 3,5% entre outubro e dezembro face ao período homólogo, segundo dados da Savills. Apesar de apresentarem aumentos menores que os de outras cidades, esses dados destacam-se quando comparados ao que foi registado entre 2019 e 2022, quando os preços caíram 3,1%.

Empresas especializadas, que têm custos elevados, estão a tornar-se comuns para encontrar habitação ou mesmo para gerir as questões educacionais. Esta é a opção favorita para "fintar" a barreira do idioma para aqueles que podem pagar.

A todas estas despesas deve juntar-se a necessidade de mobilar uma casa que normalmente é arrendada sem mobília. Isso significa que muitos aguardam uma quebra na inflação, que está acima dos 2% estabelecidos pelo Banco do Japão há mais de 18 meses, chegando a 2,5% em novembro. 

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