Este indicador é utilizado para fixar o preço dos novos empréstimos a empresas e dos financiamentos a taxa variável reembolsados
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Taxas de juro na China
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Lusa
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O Banco Popular da China (banco central) anunciou, esta sexta-feira (dia 20/12/2024), que vai manter a taxa de juro de referência em 3,1% pelo segundo mês consecutivo, indo ao encontro das expectativas dos analistas, que não esperavam qualquer alteração.

Na atualização mensal, a instituição indicou que a taxa de juro de referência a um ano (LPR) vai manter-se a esse nível pelo menos até daqui a um mês.

Este indicador, estabelecido em 2019 como referência para as taxas de juro, é utilizado para fixar o preço dos novos empréstimos - geralmente destinados às empresas - e dos empréstimos a taxa variável que estão a ser reembolsados.

É calculado com base nas contribuições de preços de uma série de bancos - incluindo os pequenos credores que tendem a ter custos de financiamento mais elevados e maior exposição a empréstimos não produtivos - e tem como objetivo reduzir os custos dos empréstimos e apoiar a “economia real”.

Em julho, o banco central reduziu a LPR a um ano em 10 pontos base para 3,35%.

Foi a primeira redução da LPR a um ano em 2024, com os especialistas a sugerirem que o banco central estava a ser cauteloso face à divergência com outras grandes economias - onde as taxas tinham tido uma tendência ascendente para conter a inflação - e à consequente pressão sobre a taxa de câmbio da moeda nacional, o yuan.

Mais tarde, em outubro, o banco central anunciou um corte de 25 pontos base para 3,1%, que foi mantido em novembro.

O banco central também indicou hoje que a LPR a 5 anos ou mais - a referência para os empréstimos hipotecários - permanecerá em 3,6%, depois de ter caído 15 pontos base em outubro, também em linha com as expectativas dos analistas.

Recuperar o crescimento económico é a grande meta da China

Nas últimas semanas, Pequim anunciou uma série de medidas de estímulo, na sequência da descida das taxas de juro nos Estados Unidos, com o Presidente chinês, Xi Jinping, a apelar a esforços redobrados para atingir o objetivo de crescimento económico de cerca de 5% para este ano.

Recentemente, o Partido Comunista da China (PCC) prometeu políticas fiscais “mais pró-activas” e uma “flexibilização moderada” da política monetária com o objetivo de “impulsionar vigorosamente o consumo” até 2025, visando “expandir a procura interna” e “melhorar a eficiência do investimento”.

Embora tenha prometido mais “ajustamentos anticíclicos extraordinários”, Pequim também sublinhou o princípio de “prosseguir o progresso mantendo a estabilidade”, com ênfase na redução e prevenção de riscos em áreas-chave da economia.

A baixa procura interna e internacional, associada a riscos de deflação, estímulos insuficientes, uma profunda crise imobiliária e a falta de confiança dos consumidores e do setor privado são algumas das causas apontadas pelos analistas para explicar o abrandamento da segunda maior economia do mundo.

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