
Há cerca de 8,9 milhões de casas abandonadas no Japão, representando 10,3% do total das habitações, segundo dados de 2023 do Ministério de Assuntos Internos. Este fenómeno, que afeta até grandes cidades como Tóquio, resulta de uma população envelhecida e de altos custos associados à demolição e impostos sobre propriedades herdadas.
Estima-se que, em 2033, 30,4% das casas do país estarão vazias ou desocupadas, criando bairros fantasmas e zonas de risco, tal como explica a notícia do El País.
Algumas destas propriedades, contudo, têm sido convertidas em espaços partilhados, escritórios ou alojamento turístico numa tentativa de aproveitar imóveis em desuso.

Especialistas apontam para a cultura japonesa de "descartar e renovar" como um dos fatores que contribuem para este cenário, associada a um ciclo de vida curto das habitações. Esta cultura deu origem a um protótipo de uma casa de madeira de dois andares que é geralmente substituída ao fim de 30 anos.
Além disso, a queda na natalidade agrava o problema, com o número de nascimentos a atingir mínimos históricos em 2022, acrescenta o jornal espanhol.
O Japão, que já tentou várias políticas para conter o declínio populacional, continua a lutar contra a diminuição de habitantes e o aumento das casas desocupadas. O cenário reflete um desafio crescente para as autoridades e a sociedade no geral.
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