A Comissão Europeia está atenta à evolução que a lei das rendas está a ter em Portugal. Nesse sentido, Bruxelas pretende seguir de perto as alterações que o Governo apresentou recentemente relativas a este assunto, pretendendo consultar os senhorios sobre essas mesmas mudanças.
Segundo o Correio da Manhã, a Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros da União Europeia pediu uma primeira reação sobre as novas regras da lei das rendas à Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), que crítica o que considera ser um “recuo flagrante” na reforma do arrendamento urbano na capital e no resto do país.
Recorde-se que, por exemplo, o Executivo deixou cair a obrigatoriedade dos inquilinos terem de apresentar anualmente a declaração de Rendimento Anual Bruto Corrigido (RABC), que fixa limites aos aumentos de rendas. Outra das alterações mais significativas foi o alargamento à proteção que é dada a microempresas que geram dois milhões de euros por ano a microentidades com negócios até 500 mil euros.
Para Meneses Leitão, presidente da ALP, “o senhorio não tem de ser a Segurança Social” do arrendatário. O responsável teme o caos jurídico, visto que as medidas têm efeito retroativo. Uma posição, de resto, que fez questão de dar a Bruxelas.
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