O superjuiz Carlos Alexandre, responsável pelo caso dos vistos gold, decidiu manter em prisão preventiva António Figueiredo, presidente demissionário do Instituto dos Registos e Notariado (IRN), e o empresário chinês Zhu Xiadong porque temia que estes pudessem fugir às autoridades e abandonar o país.
Segundo o Notícias ao Minuto, que se apoia numa notícia avançada pelo Expresso, o juiz responsável pelo caso considerou também que os arguidos são suspeitos da prática de criminalidade altamente organizada.
António Figueiredo está indiciado pelos crimes de corrupção, tráfico de influências e abuso de poder, sendo considerado pelos investigadores da Polícia Judiciária (PJ) como o cérebro do grupo que se dedicava a agilizar a concessão de vistos gold a troco de dinheiro ou favores.
Já Zhu Xiadong, em Portugal desde 2009, angariaria clientes chineses dispostos a pagar 500.000 euros por um imóvel e um visto gold, tendo sido investigado por suspeita que pagaria para apressar a emissão dos vistos. Está, por isso, indiciado por corrupção ativa.
Os outros três arguidos que ficaram em prisão preventiva – além de António Figueiredo e Zhu Xiadong – foram Manuel Jarmela Palos, diretor nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Maria Antónia Anes, secretária geral do ministério da Justiça, e o empresário português Jaime Couto Alves Gomes. Os três ficarão em breve, no entanto, em prisão domiciliária.
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