câmara de lisboa quer arrendar casas por valores entre 300 e 700 euros

a câmara municipal de lisboa (cml) vai colocar no mercado fogos, em bom estado de conservação, para arrendamento a jovens ou a agregados familiares "com alguma capacidade financeira". segundo o jornal público, que cita a vereadora da habitação da autarquia, helena roseta, a cml admite vender as casas "a prestações" aos residentes dos bairros municipais. os imóveis serão atribuídos por sorteio e as rendas deverão variar entre os 300 e os 700 euros

de acordo com o público, este é um dos objectivos do programa de intervenção estratégica do património habitacional municipal. objectivos esses que foram aprovados por maioria esta semana em reunião camarária. em outubro será apresentada a versão final deste documento, que incluirá "as modalidades de intervenção propostas" para os vários edifícios e fracções habitacionais da autarquia

o arrendamento, que será designado por arrendamento convencionado, vai ser uma das modalidades em causa. os valores serão, segundo helena roseta, "inferiores aos actualmente praticados". a vereadora frisou que esta solução dirige-se a "pessoas que não são pobres de morrer, não são propriamente miseráveis, mas não conseguem encontrar casa no mercado"

segundo a responsável pelo pelouro da habitação, existem em lisboa mais de 300 habitações em condições de integrar essa modalidade. helena roseta pretende que até ao final do ano o regulamento que permitirá o arrendamento convencionado possa estar aprovado para "começar a testar o sistema" com cerca de 100 imóveis

outro dos objectivos aprovados em reunião camarária diz respeito ao lançamento de "novas modalidades de aquisição dos fogos municipais pelos residentes, tendo em conta as crescentes dificuldades de acesso ao crédito". nesse sentido, está a ser estudada a hipótese de a autarquia fazer alienações faseadas, "a prestações". "se as pessoas não têm capacidade e os bancos não emprestam, porque é que não hão-de nos pagar a nós", questionou a vereadora